Um dia após o corte da taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, para 13,25% ao ano, cresce a lista dos bancos que estão reduzindo as taxas de juros oferecidos aos clientes.
Ontem, Itaú Unibanco, Banco do Nordeste (BNB) e C6 Bank se somaram à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil (BB) e anunciaram o barateamento das linhas de crédito.
No caso do BNB, a redução que começa hoje favorece pessoas físicas e empresas de todos os portes e segmentos de negócios. De acordo com o banco, dentre os produtos que tiveram maior redução de taxa, destaca-se o Giro Flash, modalidade de empréstimo para capital de giro, cujas taxas de juros caíram em até 11%, na comparação com os patamares anteriores.
Segundo o presidente do BNB, Paulo Câmara, a queda na Selic e a eficiência operacional do banco permitiram a redução. "Taxas de juros menores incentivam novos investimentos e alavancam o crescimento do país com a geração de novos postos de trabalho e oportunidades", afirma.
Já o Itaú Unibanco, o maior banco privado do País, informou que a redução será aplicada na linha de crédito pessoal, aquela que é tomada pelos clientes pessoas físicas e que não tem garantia. O repasse também entra em vigor hoje.
Em nota, o banco informou que a mudança é válida para a taxa máxima de empréstimo no caso dos clientes que contratarem a operação a partir de hoje. As taxas variam de acordo com o perfil e o relacionamento do cliente com o banco, diz o texto. "A decisão faz parte do compromisso do Itaú em manter preços competitivos no mercado, oferecendo a melhor relação custo-benefício para seus clientes", diz o Itaú.
O C6 Bank reduziu as taxas no parcelamento de faturas do cartão de crédito de uma mínima de 5,99% ao mês para mínima de 3% a.m..
O banco digital afirmou que até o final deste mês haverá uma nova redução deste piso para começar em 1,99% mensais. Além da extensão do prazo de pagamento das faturas de cartão de crédito para até 72 meses.
O banco, porém, não atribui a redução dos juros da modalidade ao corte da taxa Selic de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano. "É uma mudança de política para dar aos clientes acesso a uma linha com condições diferenciadas, evitando que entrem no crédito rotativo", informou em nota.
A Caixa foi o primeiro banco a puxar o movimento. Ainda na quarta-feira, dia 2, logo após o anúncio do corte pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o banco informou que a taxa de juros no consignado do INSS passaria de 1,74% ao mês para 1,70% ao mês. "Com a diminuição, em um contrato com valor líquido de R$ 10 mil, em 84 meses, o cliente passa a economizar um valor superior ao de uma prestação ao final do pagamento do contrato", exemplificou a instituição.
Já o Banco do Brasil aplicou redução nos juros para linhas de crédito consignado, automático, salário, benefício, renovação e 13º salário. As taxas do consignado do INSS foram ajustadas de 1,81% para 1,77% ao mês, na faixa mínima, e de 1,95% para 1,89% ao mês, no patamar máximo.
No comunicado, foi informado ainda que haverá redução no desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e em outros produtos, conforme perfil do cliente. (Colaborou Fabiana Melo, especial para OPOVO e Agência Estado)
mercado
O dólar terminou o dia vendido a R$ 4,899, com alta de R$ 0,093 ( 1,94%). Já o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 120.586 pontos, com recuo de 0,23%