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Inadimplência chega a 3,3 milhões de pessoas e atinge quase metade dos cearenses
Economia

Inadimplência chega a 3,3 milhões de pessoas e atinge quase metade dos cearenses

| Indica Serasa | O percentual é maior do que o nacional, de 43,72%, e as dívidas chegam a R$ 12,7 bilhões, com média de R$ 3,8 mil para cada consumidor
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FORAM 200 mil pessoas a mais que perderam o controle das dívidas em 2 meses (Foto: Adobe Stock)
Foto: Adobe Stock FORAM 200 mil pessoas a mais que perderam o controle das dívidas em 2 meses

A inadimplência atinge mais de 3,3 milhões no Ceará, o que representa cerca de 48,08% da população adulta do Estado. Este percentual é, ainda, acima do nacional, de 43,72%. As dívidas dos cearenses chegam a R$ 12,7 bilhões, com média de R$ 3,8 mil para cada um. 

Além disso, em relação ao mês anterior, houve um aumento de quase 200 mil inadimplentes, já que o total era pouco mais de 3,1 milhões. Veja mais abaixo como renegociar suas dívidas.

Já entre as faixas etárias, os maiores inadimplentes têm entre 26 e 40 anos (35,4%), seguidos pela população entre 41 e 60 anos (34,1%) e por pessoas com mais de 60 anos (18,6%).

Os números são referentes ao mês de julho e fazem parte do Mapa da Inadimplência da Serasa, levantamento mensal que apresenta o cenário de endividamento no Brasil.

A maior parte das dívidas no Ceará está concentrada em três setores:

  • Utilities: 34,41%, que são contas de gás, luz e água
  • Bancos e Cartões: 28,59%
  • Financeiras: 13,92%, empresas que concedem crédito mas que não são bancos

Brasil tem segunda retração consecutiva

No Brasil, o levantamento apontou que o país está na segunda retração consecutiva deste ano, visto que houve uma redução de mais de 34 mil pessoas quando comparado aos mês de junho.

É a primeira vez, desde junho de 2021, em que são registradas duas quedas em sequência. Porém, a inadimplência ainda atinge 43,72% da população adulta do país.

Desse total, 50,4% são mulheres e 49,6% são homens, enquanto as faixas etárias mais afetadas são de 41 a 60 anos de idade (35%) e de 26 a 40 anos de idade (34,6%).

Os principais responsáveis pela segunda queda consecutiva dos números foram os débitos com bancos e cartões de crédito, que registrou uma queda de 1,6 ponto percentual.

Essa boa notícia pode estar ligada, de acordo com a pesquisa, aos primeiros impactos do Programa Desenrola Brasil, do Governo Federal.

Além disso, o mês de julho acumulou um total de 265 milhões de dívidas, com soma total de R$ 351 bilhões. O valor médio devido por cada brasileiro é de R$ 4.923,97.

Um exemplo nesse contexto é o do encarregado de montagem Joelson Dias Silva, que negociou suas dívidas no caminhão rosa do projeto itinerante Serasa na Estrada, que está neste momento percorrendo o Sul do Brasil.

"Consegui excelentes descontos em 28 dívidas relacionadas a bancos e lojas. Na negociação com um banco, quitei um débito que mantinha desde 1995. O valor era de R$ 8.650, mas paguei apenas R$ 53", comenta.

Além de bancos e cartões, também foi verificada queda no percentual de déficits no varejo, que passou de 11,44% para 11,10% na comparação dos dois últimos meses. Já os segmentos de Utilities e Financeiras tiveram alta no período.

Como renegociar suas dívidas?

Uma das alternativas para renegociar as dívidas existente é por meio do Serasa Limpa Nome, que conta com uma série de programas que tem o intuito de contribuir com a queda da inadimplência e melhorar os dados.

No mês passado, por exemplo, mais de 3,8 milhões acordos foram fechados, com o total de descontos concedidos atingindo R$ 8,89 bilhões.

Outra alternativa é entrar em contato com as instituições financeiras participantes do Desenrola Brasil, programa do Governo Federal para renegociação das dívidas. 

Nesta fase, devedores com renda até R$ 20 mil podem procurar as empresas financeiras para quitar seus débitos. A medida vale para dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022 e que continuam ativas.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mais de R$ 8,1 bilhões já foram renegociados por causa do programa.

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