Apesar da melhora na taxa de desemprego, com aumento na geração de vagas, o Brasil ainda tinha 23,3% das famílias sobrevivendo sem qualquer renda oriunda do mercado de trabalho no segundo trimestre deste ano, apontou estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Embora o contingente de lares sem renda do trabalho seja expressivo, o resultado é ligeiramente melhor que o registrado no primeiro trimestre de 2023, quando 23,46% dos domicílios viviam sem renda do trabalho.
Há um ano, no segundo trimestre de 2022, essa fatia era de 22,12%. No auge do choque provocado pela pandemia de covid-19, no segundo trimestre de 2022, a proporção de domicílios sem renda do trabalho chegou a 28,71%.
"Um importante efeito da pandemia foi o aumento da proporção de domicílios sem renda do trabalho, que saltou de 22,7% no primeiro trimestre de 2020 para 28,7% no segundo. Já no segundo trimestre de 2023, a proporção de domicílios nessa situação ficou em 23,3%, mais de um ponto porcentual acima do observado no mesmo trimestre do ano anterior", apontou o Ipea, em estudo divulgado nesta terça-feira, 5.
Na passagem do primeiro trimestre de 2023 para o segundo trimestre, houve redução na fatia de domicílios no grupo com renda mais elevada, além de aumento na proporção de lares com renda mais baixa. (Agência Estado)