A mudança proposta pelo Governo Federal para a forma como os concursos são realizados na esfera federal gera impactos importantes no mercado que se forma no entorno dos certames. Cursinhos e bancas organizadoras são intermediários neste processo além do governo e "concurseiros".
As visões desses dois entes que representam parcelas importantes no meio dessa cadeia são bem diferentes sobre o Concurso Nacional Unificado.
Maurício Braz, gerente de Planejamento Estratégico do Colégio Tiradentes, afirma que ainda não é possível fazer uma avaliação com clareza. Mas a previsibilidade de datas e modelo de provas é positivo.
Ele destaca que há possibilidade de abertura de turmas intensivas em períodos fixos no ano. "Eu não consigo enxergar esse prejuízo. O que observo é a possibilidade de os candidatos terem uma preparação com maior antecedência, aumentando a concorrência".
Já para as bancas organizadoras, a análise é diferente pelo fato do governo centralizar a organização. Para o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan) alguns pontos precisariam ser revisados.
"Seria mais vantajoso se o concurso fosse dividido por regiões, com bancas e datas distintas, para atender melhor aos interesses de um grande contingente de pessoas que sonham em trabalhar no serviço público federal. Os candidatos poderiam concorrer a mais de uma vaga".