O diretor de Desenvolvimento de Negócios do Grupo Dislub Equador, Leonardo Cerquinho, afirmou ontem que a empresa, por ter outros terminais de tancagem pelo País, já possui relações comerciais com muitas dessas empresas instaladas no Mucuripe.
"Já fizemos contato com as empresas e nos colocamos à disposição, mas até o presente momento não houve avanços em contratos. Acredito que seja porque a gente ainda tá no processo de licenciamento e é natural que assim seja. Porém, à medida em que avance o processo, as conversas vão naturalmente se desenvolver. A nossa relação não vai ser nenhuma novidade."
Ele reforça que a instalação no Pecém tem como intenção principal do grupo Dislub ter acesso ao mercado do Ceará. "A forma como a gente encontrou para conseguir entrar no mercado do Ceará, que hoje temos apenas 0,7% de market share como distribuidor de combustíveis. Mas o que queremos é dizer que estamos aqui para compor. A gente quer que as empresas venham como nossos parceiros e tenham segurança na operação."
O projeto de transferência contará com tanques capazes de armazenar um volume de 230 mil metros cúbicos, quando estiver com todas as fases concluídas.
A área destinada para a tancagem é de 86.800 m2, "permitindo que os combustíveis sejam enviados para o terminal por meio dos modais marítimo e rodoviário". Ao todo, serão 500 empregos diretos gerados na construção e 100 na manutenção da operação.
O presidente da Companhia Docas do Ceará, Lúcio Gomes, afirma que ter um parque de tancagem no Porto do Pecém é "algo do Porto do Pecém" e explica que a tancagem atual que existe em Fortaleza não é na área do Porto do Mucuripe, mas para que ela possa existir, a estrutura do porto é utilizada. "Aquela é uma área que compete ao Governo do Estado, à Prefeitura, mas claro que afeta o movimento do porto."
Ele afirma desconhecer o cronograma de transferência da operação em 2027. Mas reforça que a decisão pela troca de local também partirá das empresas. "Não está na mão da Companhia Docas impedir o movimento e se tem um plano para 2027, teremos que ter um plano para eventual substituição da atividade. Porém, tudo aqui ainda é uma hipótese."