O preço da cesta básica caiu 0,34% em Fortaleza, chegando a custar R$ 640,48. Observando as variações semestral e anual, no entanto, verifica-se que foram de -1,15% e 3,16%, respectivamente.
Ou seja, a alimentação em setembro de 2023 está mais barata do que em março deste ano e mais cara do que em setembro de 2022.
Neste mês, seis dos 12 alimentos ficaram mais baratos e puxaram a deflação. Dentre eles estão: o feijão (-8,86%), a farinha (-1,82%) e a carne (-1,40%). Veja no fim da matéria o comportamento de cada item.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 5, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Para comprar a cesta em setembro, o trabalho pode-se dizer que o trabalhador teve que desprender 106h e 45 minutos de sua jornada de trabalho mensal, de 220 horas, para conseguir comprar alimentos básicos. Já o peso da cesta, em relação ao salário mínimo líquido, foi de 52,46%.
Quanto ao gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças), o total ficou em R$ 1.921,44.
No Brasil, houve redução do valor do conjunto dos alimentos básicos em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo departamento.
As quedas mais importantes ocorreram em Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,48%) e Campo Grande (-2,32%). Já as maiores elevações foram observadas em Vitória (3,18%), Natal (3,06%) e Florianópolis (0,50%).
Em relação ao custo, Florianópolis foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior (R$ 747,64), seguida de Porto Alegre (R$ 741,71), São Paulo (R$ 734,77) e Rio de Janeiro (R$ 719,92).
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$532,34), João Pessoa (R$ 562,60) e Recife (R$ 570,20).
Levando em consideração a cesta básica mais cara, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.280,93 ou 4,76 vezes o mínimo de R$ 1.320,00.