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Relações comerciais com Israel podem ser afetadas
Economia

Relações comerciais com Israel podem ser afetadas

Fertilizantes. Óleos e químicos
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Igor Lucena, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), reforça que o temor do mercado é que o preço do barril do petróleo chegue aos U$ 100. "O gás natural já apresentou alta de 11% e o petróleo 4%. Isso, a médio prazo, resulta em aumento da inflação, porque a Petrobras não consegue segurar por muito tempo os preços aqui. Já o aumento da inflação faz com que o Banco Central não possa mais reduzir os juros, o que é ruim para a nossa economia."

Lucena levanta outros pontos que influenciam na economia brasileira e que podem ser atingidos com a guerra entre Israel e a Palestina. Um deles é a importação de fertilizantes, na qual, segundo ele, o Brasil importa U$ 1 bilhão por ano de Israel. "Se fecharem os portos de lá, por conta da guerra, podemos sofrer com o desabastecimento de fertilizantes que impacta na nossa produção. Também importamos da Rússia o insumo, mas esta também está em guerra. Assim, uma alternativa pode ser o Brasil voltar o olhar para o mercado do Canadá."

Já no setor de exportação, o presidente do Conselho conta que o País envia para a Faixa de Gaza cerca de U$ 1,5 bilhão em óleos brutos, químicos, carnes e frutas. "Assim, a máquina de guerra pode querer mais químicos e petróleo, mas pode cair a venda de alimentos, com a possibilidade do fechamento do dos portos e restrição que Israel pode fazer para Gaza."

"De qualquer forma, a economia mundial está atenta para o que está ocorrendo. Se acredita que Israel tome toda a Faixa de Gaza nas próximas semanas. Porém o grande questionamento é se ela vai conseguir manter esse posicionamento, mantendo o local dentro do território de Israel e se outros players vão entrar nessa guerra, como o Hezbollah fez hoje, ao atacar Israel pelo Líbano."

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