Grupo Aço Cearense divulgou balanço com registro de 4,3 mil empregos diretos e 40 mil indiretos considerando as unidades no Pará, Tocantins e Ceará.
Além disso, conclui obras no Norte que vão duplicar a capacidade de produção da companhia.
Os dados foram fornecidos com exclusividade ao O POVO devido aos 44 anos de atuação da empresa, completados no dia 15 de outubro de 2023.
De faturamento anual, o último relatório registrou R$ 6,5 bilhões em 2022 e capacidade produtiva de 1 milhão de toneladas de aço por ano.
A companhia fabrica ainda aços longos, planos e produtos em aço e inox.
O Grupo é formado pelas empresas Sinobras (PA), Sinobras Florestal (TO), Aço Cearense Comercial (CE), Aço Cearense Industrial (CE), Instituto Aço Cearense (CE) e a mais nova empresa, Aço Cearense Logística (CE).
Com esse conglomerado, a empresa divulga que mantém uma base de mais de 15 mil fornecedores e 16 mil clientes.
Além disso, informa que realiza 60% das suas compras no Brasil, nas regiões do Norte e Nordeste, o que equivale a R$ 5 bilhões nas regiões em que atua.
"Agora a empresa se prepara para um novo momento com dois grandes empreendimentos: a expansão da sua siderúrgica e a construção de uma nova aciaria em parceria com a Vale, em Marabá, no Pará", frisa o Grupo, em comunicado.
Sobre o projeto de expansão, consiste no da Siderúrgica Norte Brasil (Sinobras), orçado em R$ 920 milhões, e que está em fase de conclusão.
O planejamento consta da instalação da laminação 2, com capacidade de produção de 500 mil toneladas/ano de aço laminado em bobina e spooler.
Além disso, uma nova subestação e linha de transmissão de 230kV, que tem o objetivo de suprir as novas necessidades de cargas elétricas da produtora de aço e propiciar a utilização de energia da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, da qual o Grupo Aço Cearense é sócio como autoprodutor.
Conforme o Grupo, com a nova laminação, a produção da empresa saltará de 380 para 850 mil toneladas de aço laminado/ano e disponibilizará para o mercado nacional novos produtos como o vergalhão em rolo (bobina e spooler) e fio-máquina.
Essa produção gera oportunidade para a instalação de novas empresas de produtos como pregos, parafusos e fixadores; móveis em aramado; arame galvanizado (cercas); e corte e dobra (construção civil) na localidade.
Para a Vale fica o apoio ao projeto por meio da emissão de garantias que viabilizem o financiamento a ser contratado pela Sinobras para a instalação da nova aciaria.
Já o Grupo é a responsável pelos estudos de engenharia, pela implantação e operação da planta.
A previsão para o início da produção da nova aciaria depende da startup da Tecnored, subsidiária da Vale que irá fornecer a matéria-prima (ferro gusa) para a nova aciaria, previsto para o 2º semestre de 2025.
Na área da responsabilidade socioambiental, há o Instituto Aço Cearense criado há 13 anos, que apoia entidades do terceiro setor, que estão engajadas com esporte, empreendedorismo e assistência a crianças, jovens e idosos.
Desde que foi criado, já foram mais de R$ 28,5 milhões em ações sociais nos estados do Ceará, Pará e Tocantins, beneficiando mais de 454 mil pessoas, conforme o balanço.
Para esse ano, a novidade é o apoio às ONGs Gerando Falcões e Pensando Bem para a realização do Projeto Favela 3D (digital, digna e desenvolvida) em Fortaleza.
O Projeto visa à construção de ações voltadas para o urbanismo social e a superação da pobreza no Beco Céu, localizado no bairro Vila Velha.
A proposta é erradicar a pobreza de maneira sistemática, trabalhando com base em uma mandala de impacto que contempla diferentes áreas, como: moradia, saúde, educação, cidadania, cultura, primeira infância, meio ambiente, geração de renda, esporte e lazer.