Para tentar reverter a queda no volume comercializado pelo Ceará com o Exterior, uma das alternativas é a criação de novas rotas comerciais.
A mais recentemente inaugurada fará a conexão entre o Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante (a 55 km de Fortaleza), e o Porto de Sines, em Portugal, que pode reduzir em cerca de 20 dias a movimentação de mercadorias entre o mercado brasileiro e o europeu, de um modo geral.
De acordo com o diretor comercial do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), André Magalhães, "essa rota sobe levando fruta aqui do Nordeste do Brasil para o norte da Europa, passando por Roterdã (Holanda), Londres (Inglaterra), Hamburgo (Alemanha), Antuérpia (Bélgica), Le Havre (França) e Sines".
"Antes, quando ela descia de Portugal ia para Santos (SP), deixando cargas que pertenciam ao Pecém e ao Nordeste lá. Agora essa nova rota conecta Sines ao Pecém diretamente", destaca.
Ele acrescenta que as cargas trazidas para o Pecém nesse novo itinerário têm origem não apenas no continente europeu, mas também na Ásia. Outra vantagem apontada por Magalhães é trazer um alívio para os portos do Sul e do Sudeste, como o de Santos e o de Navegantes, em Santa Catarina.
O diretor comercial do Cipp explica, por fim, que a rota original levava entre 12 e 14 dias nos trajetos Brasil-Europa e Europa-Brasil, chegando a cerca de 30 dias no total. "Agora, a gente está tentando fazer em oito ou dez dias", exalta. (Colaborou Paloma Vargas)