Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (Ipea), analisando o total executado por PAC e PAC 2 revelou que os investimentos executados no eixo rodoviário chegaram a R$ 81,6 bilhões, valor aquém dos R$ 183,5 bilhões mapeados como demanda estrutural de logística no Brasil.
De acordo com um levantamento da ONG Contas Abertas, o chamado PAC 1 teve R$ 503,9 bilhões em investimentos. Do total, R$ 58,3 bilhões foram para logística, sendo o rodoviário (R$ 33,4 bilhões) o segmento mais beneficiado, seguido do ferroviário (R$ 7,9 bilhões), portuário (R$ 2,7 bilhões, aeroportuário (R$ 3 bilhões), hidroviário (R$ 0,7 bilhão).
No fim de 2010, apenas os investimentos nos setores hidroviário e rodoviário atingiram a meta de investimento (chegaram a superar): Fechou o período com R$ 1 bilhão e R$ 43 bilhões executados em obras, respectivamente.
Já no PAC 2 (2011-2014), os recursos aplicados foram de R$ 955 bilhões, sendo que a previsão inicial era de R$ 1,58 trilhão. Nesse momento, o eixo transportes recebeu R$ 104,5 bilhões, sendo R$ 48,4 bilhões para rodovias, R$ 43,9 bilhões para ferrovias, R$ 4,8 bilhões em portos, R$ 2,6 bilhões em hidrovias, além de R$ 3 bilhões em aeroportos.
Em 2014, no entanto, o valor executado no setor rodoviário foi aquém da previsão. Total de 79,9% do orçamento previsto inicialmente foi executado, totalizando R$ 38,6 bilhões investidos.
No caso das ferrovias, o investimento só chegou a 5,8% do previsto. Enquanto os aeroportos, por conta do início das concessões aeroportuárias para empresas privadas, teve seu orçamento ampliado, dos R$ 3 bilhões previstos para o total de R$ 18,25 bilhões.