Quando se fala de reajustes de preços nos combustíveis, logo vem a expectativa sobre como este movimento reflete na inflação. Alguns produtos têm peso maior do que outros. No caso dos combustíveis, temos uma das cestas de produtos mais impactantes.
O peso da gasolina no cálculo da inflação é de aproximadamente 5% no total da conta feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja: cada 1% de recuo da gasolina nas bombas gera queda de 0,05 ponto percentual no IPCA.
Na avaliação do economista membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Wandemberg Almeida, o reajuste do diesel tem maior potencial de gerar pressão no cálculo da inflação por conta da grande quantidade de cadeias produtivas que têm seus preços atrelados.
Basta saber que a cadeia logística nacional, em sua maioria transportada pelo modal rodoviário, deve ir repassando o impacto da alta nos preços ao consumidor final. "Sabemos que um alto preço do diesel traz efeitos no médio e longo prazo na economia, num movimento bem maior que o da gasolina".
Wandemberg acrescenta ainda que a queda da gasolina deve impactar positivamente de forma imediata quem depende do transporte próprio no dia a dia. O que também deve contribuir para um certo alívio na inflação.