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Primeira usina de H2V do Ceará tem projeto ambiental aprovado
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Primeira usina de H2V do Ceará tem projeto ambiental aprovado

| Inédito | Projeto da australiana Fortescue tem capacidade final de produção de 837 toneladas por dia do combustível
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Unidade vai ser instalada no setor 2 da ZPE do Ceará (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA Unidade vai ser instalada no setor 2 da ZPE do Ceará

Em reunião extraordinária, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou, por 18 votos a favor e cinco abstenções, o projeto de instalação de uma planta industrial de produção de hidrogênio verde pela empresa australiana Fortescue.

A reunião extraordinária foi realizada na tarde desta quinta-feira, 26. Presidida pela titular da secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), Vilma Freire, um colegiado da área ambiental analisou o projeto.

O investimento australiano no Ceará será realizado no Setor 2 da ZPE Ceará. O projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia, com o uso de 2.100 MW de energia renovável. O projeto também pode gerar cerca de 5.000 empregos na fase de construção, de acordo com o Estudo de Impacto Ambiental.

"Este é um passo importante para o nosso projeto no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e vai nos permitir continuar avançando para tornar a indústria do hidrogênio verde uma realidade no Brasil e no estado do Ceará. Continuaremos trabalhando para desenvolver a indústria com um forte compromisso com o meio ambiente e com as comunidades onde operamos.", afirmou Agustín Pichot, presidente da Fortescue na América Latina.

A Fortescue havia sido a primeira empresa a assinar um pré-contrato com o Complexo do Pecém para reservar espaço para as futuras instalações da planta industrial.

Ao O POVO, durante o Fiec Summit 2023 - Hidrogênio Verde, o diretor da Fortescue no Brasil, Luis Viga, afirma das expectativas positivas para o seguimento dos planos da empresa no Ceará.

"Estamos trabalhando muito bem, já temos engenharia contratada tanto no Brasil, quanto fora do País, fazendo vários estudos. Temos mais de 100 hectares arrendados no Porto do Pecém. Então o Ceará já está arrecadando por conta do hidrogênio verde hoje, criando um ecossistema produtivo", afirmou o executivo, que tinha a expectativa inicial de que o pedido fosse aprovado em novembro.

Na ocasião da aprovação do Coema, o superintendente da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Carlos Alberto Mendes, destacou que o Ceará faz história de forma planejada e organizada. Agora, as empresas terão caminho mais curto para suas petições de licenciamento.

"As empresas terão a oportunidade de iniciar o processo na etapa de licença de instalação, visto que todo estudo da área foi realizado, EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório) foi aprovado com mais de 25 planos e programas para mitigação dos impactos ambientais, além de potencializar os impactos positivos”, ressalta.

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A Fortescue é a que apresenta processo de instalação mais adiantado das 4 empresas que possuem pré-contrato assinado com o governo cearense

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