Na mesma reunião do Coema que aprovou o projeto ambiental da Dessal Ceará, passou também a construção do Aterro Sanitário Regional de Pacajus e a Linha de Transmissão Portocem - Subestação Pecém II.
O primeiro foi aprovado com 25 votos favoráveis e duas abstenções. O aterro deve atender não apenas a demanda de armazenamento de lixo do município de Pacajus, mas também de outras cidades da Região Metropolitana de Fortaleza.
A capacidade total prevista no projeto é de receber até 800 toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos, resíduos industriais e resíduos sólidos hospitalares, entre outros.
O pleito deveria ter sido votado no dia 5 de outubro, mas um pedido de vista do conselheiro Alessander Sales, representando o Ministério Público Federal (MPF), adiou a apreciação. Ele questionou o fato de algumas normas estabelecidas pelo Coema serem menos rígidas, do ponto de vista ambiental, que as estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A empresa responsável pela obra disse que seguirá as regras mais restritivas e que vai monitorar os impactos ambientais por um período de 20 anos, após o encerramento das atividades do aterro.
Já o projeto da Linha de Transmissão da Portocem - Subestação Pecém II foi aprovado com 24 votos favoráveis, dois votos contrários e uma abstenção. A linha a ser implantada no município de São Gonçalo do Amarante, vai transportar energia gerada pela usina termelétrica da Portocem para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
O projeto também recebeu anteriormente um pedido de vistas. Nesse caso, feito pela conselheira Beatriz Azevedo, representando a Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará (OAB-CE). Ela questionou a não inclusão no estudo e no relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA) da espécie vegetal Bacopa cochelaria, ameaçada de extinção.
A empresa respondeu que não encontrou a espécie na área direta, mas se comprometeu a fazer o resgate que, eventualmente, encontrar.