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Dólar cai para R$ 4,86 e Ibovespa sobe ao maior nível desde agosto de 2021
Economia

Dólar cai para R$ 4,86 e Ibovespa sobe ao maior nível desde agosto de 2021

| Câmbio| Queda da inflação nos EUA provocou dia de euforia no mercado financeiro global
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Cotação do dólar recuou 0,93% (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Cotação do dólar recuou 0,93%

A queda da inflação nos Estados Unidos fez o mercado financeiro global ter um dia de euforia. O dólar caiu para abaixo de R$ 4,90 e fechou na menor cotação em quase dois meses. A bolsa de valores subiu mais de 2% e atingiu o nível mais alto desde agosto de 2021.

O dólar comercial encerrou o dia ontem vendido a R$ 4,862, com forte queda de R$ 0,046 (-0,93%).

A cotação chegou a abrir próxima da estabilidade, mas despencou com a divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos desacelerou em outubro e ficou abaixo das expectativas.

Essa foi a terceira queda seguida da moeda norte-americana, mas, nas duas sessões anteriores, os recuos haviam sido de pequena intensidade. A cotação está no menor valor desde 18 de setembro, quando tinha fechado em R$ 4,85. A divisa acumula queda de 3,55% em novembro e de 7,92% em 2023.

No mercado de ações, o dia teve fortes ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 123.166 pontos, com forte alta de 2,29%.

No maior patamar desde 3 de agosto de 2021, o indicador foi impulsionado pela perspectiva de que o ciclo de altas dos juros nos Estados Unidos está perto do fim.

Ontem, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou que a inflação ao consumidor da maior economia do mundo ficou em zero no mês passado e em 3,2% nos 12 meses terminados em outubro. Em setembro, o índice tinha subido 0,4% e somado 3,7% em 12 meses.

A desaceleração dos preços diminui as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros básicos nos Estados Unidos, atualmente entre 5,25% e 5,5% ao ano.

Juros menos altos em economias avançadas estimulam a migração de capitais para países emergentes, como o Brasil, pressionando para baixo o dólar e valorizando a bolsa.

O real, que costuma se destacar entre emergentes em episódios de apetite ao risco, desta vez, apresentou desempenho inferior a de seus pares latino-americanos, os pesos mexicano, colombiano e chileno.

Embora possa haver uma postura mais defensiva típica de véspera de feriado, analistas atribuem o fôlego mais curto da moeda brasileira também à possibilidade de mudança da meta fiscal na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que tramita no Congresso.(Agência Brasil)

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