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Expoece movimenta cerca de R$ 12 milhões no Ceará
Economia

Expoece movimenta cerca de R$ 12 milhões no Ceará

Durante oito dias, evento na Capital reuniu mais de 135 mil pessoas. Negócios foram puxados pela comercialização de tecnologia genética para o agropecuaria
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BOVINOS da raça Wagyu, que possuem 
alto valor de mercado, foram destaque na edição (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS BOVINOS da raça Wagyu, que possuem alto valor de mercado, foram destaque na edição

A Exposição Agropecuária e Industrial do Ceará (Expoece) encerrou ontem, 19, sua 67ª edição e contabilizou negócios entre R$ 10 milhões a R$ 12 milhões, segundo Braga Almeida, presidente da Associação dos Criadores do Ceará (ACC), entidade organizadora do evento.

A frente da instituição há dois anos, o presidente da ACC, destaca que a cada edição a exposição fica ainda maior e segue destacando a cultura e as raízes cearenses. Este ano, o evento reuniu cerca de 25% animais que a edição passada, ou seja, cinco mil entre bovinos, ovinos, caprinos, equinos e aves.

A movimentação financeira, de acordo com Almeida, aconteceu principalmente em virtude do uso da tecnologia genética para a agropecuária, que ajuda os criadores de gado a selecionar os melhores animais para reprodução e assim manter as características das raças.

"Os criadores vendem mais genética do que animais. Genética é uma coisa cara tanto no bovino como no equino, a exemplo do Mangalarga e do Quarto de Milha, que teve recordes em leilões. Cearense cria muito Mangalarga e tivemos 145 cavalos que participaram do campeonato nordestino", cita o presidente.

Almeida enfatiza que a Expoece é a maior exposição agropecuária do Estado e que reúne o maior número de animais num único espaço. “Na região Nordeste somos os terceiros e ficamos atrás apenas de duas exposições realizadas no Rio Grande do Norte e na Bahia”, diz.

Entre as atrações vistas por mais de 135 mil pessoas, sendo o pico de visitantes no feriado de 15 de novembro, com 30 mil, os bovinos da raça japonesa Wagyu que possuem alto valor de mercado. Apenas um animal chega a custar R$ 50 mil, o que torna sua carne uma das mais caras do mundo.

O presidente da ACC destaca ainda, que desde a pandemia, o setor do agronegócio, que inclui a agropecuária, tem crescido em todo o Ceará. "Esse ano nossos criadores e expositores aumentaram. Também tivemos os pequenos comerciantes da gastronomia e os agricultores familiares e, ainda, empresas de máquinas, tratores e veículos", destaca.

O presidente da Associação dos Criadores de Capinos Leiteiros do Ceará, Tufi Said Nery Vieira, reitera Almeida sobre o sucesso do evento. Com cerca de 60 associados, eles participam do evento desde 2007. "Trouxemos 25 cabras para o torneio leiteiro e trouxemos criadores que produzem derivados do leite de cabra", comenta.

Entre os produtos comercializados e esgotados antes do fim da exposição estavam queijo, iogurte, doce de leite, tijolinhos doce de leite, sabonete de leite cabra, iogurte sabor abacaxi, requeijão, queijo Bussan no azeite e ervas finas. "Foi o maior sucesso nos 17 anos que participamos, vendemos 720 iogurtes, 138 queijos, 25 quilos de tijolinho, arrecadamos cerca de R$ 8 mil", afirma.

Na agenda da ACC para 2024 está a aproximação do setor cearense, segundo Almeida, pautas mais regionais e a possibilidade de um evento em Sobral. "Vamos oportunizar cursos e treinamentos na área, começando por Sobral, mas queremos atrair expositores de outros munícipios do Estado", vislumbra.

Ele complementa citando que nos planos está a padronização da carne de carneiro no Ceará. São cerca de 2,5 milhão de ovinos na produção local. "Temos muitos produtores, mas como não há uma padronização do animal fica difícil vender para grandes empresas e o consumo acaba sendo apenas local e muitas vezes até acontece a importação de países da América do Sul para consumo", explica.

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