O novo plano estratégico da Petrobras terá investimento de US$ 102 bilhões, cifra que corresponde a R$ 500,8 bilhões para o período 2024 e 2028. A principal novidade são os aportes em energias renováveis e descarbonização, que correspondem a US$ 11,5 bilhões (R$ 56 bilhões).
O anúncio representa uma ampliação de 30,7% frente ao plano de negócios em vigor atualmente, que soma US$ 78 bilhões (R$ 382,7 bilhões) para o período 2023/2027. Considerado expressivo pelo mercado, o aumento atende a pedidos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que enxerga no incremento dos negócios da Petrobras um vetor do crescimento econômico nos próximos anos.
No plano, a maior parte dos investimentos, 73%, ou US$ 73 bilhões (R$ 357 bilhões), segue voltada à exploração e produção de petróleo e gás (E&P). A margem equatorial, cuja exploração deve iniciar no litoral cearense, é alvo de US$ 3,1 bilhões, mesmo montante destinado às bacias do Sudeste. Outros US$ 1,3 bilhão vai para o exterior. Segundo a Petrobras, em 2028, o pré-sal vai representar 79% da produção total da empresa.
Previsão mais aguardada pelo mercado, os US$ 11,5 bilhões para novos negócios de energias renováveis e iniciativas de descarbonização em cinco anos representam 11,2% do volume total e vão subir gradualmente até 16% em 2028.
O investimento em fontes renováveis foi um dos pontos mais sensíveis para a aprovação do plano estratégico tanto dentro do governo, que representa o controlador, a União, quanto em relação aos acionistas minoritários, representados por 4 dos 11 integrantes do conselho de administração da companhia.
O investimento previsto para o parque de refino e gás natural da Petrobras até 2028 é de US$ 17 bilhões (R$ 83,1 bilhões). Ao longo de 2023, a Petrobras tem empreendido esforços para elevar o fator de utilização de refinarias a fim de aumentar produção e venda de derivados e compensar os efeitos de caixa da nova política de preços do negócio, que abandonou em março o preço de paridade de importações (PPI). A expansão e aumento de eficiência de refinarias existentes incrementam a estratégia. (Agência Estado)