Algumas das principais entidades que representam a indústria e os setores que seriam beneficiados com a prorrogação da desoneração da folha de pagamento se manifestaram ontem contra as propostas apresentadas pelo governo federal, notadamente, sobre a reoneração gradual.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), André Montenegro, afirmou que a MP "é sinônimo de desemprego" e acrescentou que a MP " vai ser ruim para os investimentos e as empresas vão ter de refazer os seus planejamentos estratégicos para o ano que vem. Realmente, não é agradável, não é uma medida simpática".
Por sua vez, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), disse ter recebido "com preocupação a proposta do Governo Federal de compensar o impacto da desoneração da folha de pagamentos".
Pouco depois do anúncio feito por Haddad, um grupo de entidades representativas de setores afetados pela decisã afirmaram, em nota conjunta divulgada na tarde de ontem, que a MP "traz insegurança jurídica para as empresas e para os trabalhadores já no primeiro dia do ano de 2024".
Quanto à limitação das compensações tributárias, a manifestação mais contundente foi do Sindifisco de Santos (SP). A entidade avaliou que "essas mudanças impactariam diretamente as empresas, restringindo sua capacidade de utilizar créditos válidos na compensação de débitos".