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Necessidade de formalização e pressão para aprovações
Economia

Necessidade de formalização e pressão para aprovações

Marco regulatório.
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João Marcelo Borges é gerente de Pesquisa e Inovação do Instituto Unibanco (Foto: Lucas Ismael/ Divulgação Instituto Unibanco)
Foto: Lucas Ismael/ Divulgação Instituto Unibanco João Marcelo Borges é gerente de Pesquisa e Inovação do Instituto Unibanco

As empresas privadas estão fazendo pressão para que o Governo Federal faça os marcos legais e regularizem o setores de descarbonização, questões climáticas, negócios de impacto e de ESG. O panorama é de João Marcelo Borges, gerente de Pesquisa e Inovação do Instituto Unibanco. "Quem vai liderar esse processo são as empresas maiores. Uma empresa que é licitada em bolsa, por exemplo, ela não consegue acesso a financiamento internacional se ela não cumprir alguns padrões", diz o gestor.

Em sua análise, se os padrões domésticos do Brasil forem abaixo dos internacionais essa empresa fica em uma condição difícil de captação de recursos. Assim, é do interesse das empresas mais competitivas que o País tenha os melhores padrões de ESG, por exemplo.

Por outro lado, Borges diz que as indústrias menos competitivas, de menor porte, vão ter dificuldade de cumprir esses padrões. E complementa dizendo que "se o País não fizer um apoio para aquelas empresas que mais precisam, nós vamos perder empresas, empregos e arrecadação. A pobreza também está ligada a uma maior deterioração do meio ambiente. Precisaremos de recursos públicos e privados para fazer essa transformação", defende.

Essa adesão em massa aos temas ambientais é vista positivamente, pois a medida que os empresários vão enxergando que podem avançar nessa nova economia, como negócio, eles também começam a apoiar políticas públicas mais agressivas e contundentes analisa Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa. "É muito legal ver essa massa toda de empresários, empreendedores, falando em investir em energia solar porque não tem jeito ou vou investir no hidrogênio verde. Se não fizer não vai ser competitivo no mercado nacional e mundial", diz.

Com isso, eles vão aos governos estaduais e federal pedir uma regulação de carbono para enviar os produtos para Europa. "E dizem eu prefiro poder ser regulado no Brasil com regras do jogo que eu ajudei a fazer a jogar o jogo do outro. A gente está num momento positivo. A gente precisa disso, ao contrário não exportam e não atraem investimentos", finaliza Natalie.

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