Sobre a questão de empregabilidade para esse novo momento, Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, diz que no Brasil, não existe um programa de empregos pontuais e não existem empregos verdes ainda.
"Isso é uma oportunidade enorme porque se a gente pegar o estado por exemplo, do Ceará ou do Rio Grande do Norte, que estão recebendo esse boom de energias renováveis, eles vão ter que importar de outros lugares a mão de obra, mas eles também têm a oportunidade de injetar capital humano e intelectual ali", defende.
Para ela, é realmente uma questão de investimento nesse caso, uma união dos setores público e privado e cita, "Quantos anos a gente investiu na formação de engenheiro de petróleo, foi desde a década de setenta com engenheiros, técnicos e especialistas em plataforma. A gente formou um contingente. Inclusive a gente tem que fazer a mesma coisa para a Economia Verde", destaca.
Inclusive, Natalie, vê nessa questão uma oportunidade muito interessante que é a requalificar desses profissionais, pois existem duas dimensões agora, uma de que não se tem a mão de obra adequada e que é preciso gerar.
"E a outra que é a requalificação ou a recapacitação que pode ser retirada dessa indústria que vai morrer no longo e médio prazo", diz.