As exportações cearenses totalizaram US$ 2,03 bilhões em 2023, numa queda de 13,1% do registrado em 2022, que foi de US$ 2,34 bilhões. Os números foram divulgados pela plataforma Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). As importações tiveram uma baixa ainda maior, indo de US$ 4,9 bilhões no ano anterior para US$ 3,16 milhões, um recuo de 35,6%.
Os resultados deixaram o Estado com um déficit na balança comercial de mais de US$ 1,12 bilhão.
Com os números do ano, o Ceará tem participação de apenas 0,6% das exportações de todo o País, sendo o 17º no ranking de unidades da federação. Nas importações, a presença do Estado é um pouco superior, representando 1,31% do total do Brasil, ficando em 14º entre os estados.
Apesar da baixa no acumulado do ano, dezembro registrou alta em relação a igual período do ano anterior. Foram US$ 141milhões em produtos exportados, ante US$ 126 milhões no 12º mês de 2022.
Nos itens importados, entretanto, houve queda no último mês de 2022.Foram US$ 260 milhões em itens chegando ao Estado, ficando abaixo dos US$ 330 milhões registrados em dezembro de 2022.
Os produtos que o Ceará mais exportou em 2023 foram os semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço, que representam mais da metade do que o Estado exportou no período, com participação de 53%.
Em seguida aparecem os calçados (13%), frutas e nozes não oleaginosas (7,6%) e demais produtos da indústria de transformação (4,1%). Outros itens têm participação menor que 3%.
Já em relação às importações, o destaque foi o carvão não-aglomerado, que representou 15% dos itens trazidos ao Ceará.
Depois aparecem os compostos organo-inorgânicos (10%), válvulas e tubos termiônicas (6,9%), óleos combustíveis de petróleo (6,8%), trigo e centeios não moídos (6,6%) e veios de transmissão e manivelas (5,2%).
Impulsionada pela safra recorde de soja e pela queda das importações, a balança comercial do Brasil encerrou 2023 com superávit recorde de US$ 98,839 bilhões. O resultado representa alta de 60,6% sobre 2022, pelo critério da média diária, e é o maior desde o início da série histórica em 1989.
No ano passado, as exportações bateram recorde, enquanto as importações recuaram. Em 2023, o Brasil vendeu US$ 339,673 bilhões para o exterior, alta de 1,7% em relação a 2022. As compras do exterior somaram US$ 240,835 bilhões, recuo de 11,7% na mesma comparação.
Apenas em dezembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 9,36 bilhões. O valor também é recorde para o mês, com alta de 127,1% sobre o mesmo mês de 2022 pelo critério da média diária, que minimiza a diferença de dias úteis entre meses iguais de um ano e outro.
As exportações totalizaram US$ 28,839 bilhões no mês passado, com aumento de 2,1% em relação a dezembro de 2022 pela média diária. As importações somaram US$ 19,479 bilhões, com queda de 11,3%, também pela média diária. (Agência Gov)