O novo plano industrial do País, denominado "Nova Indústria Brasil", está previsto para receber aprovação nesta segunda-feira, 22, às 11 horas, no Palácio do Planalto (DF). A política, elaborada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), visa preparar o percurso do desenvolvimento nacional até 2033 e deve ter maior participação do governo, segundo já vazou em Brasília.
Com 102 páginas, o Nova Indústria Brasil prevê linhas de crédito, subsídios e exigências de conteúdo local, no intuito de promover as empresas nacionais, as quais deverão assumir serviços e obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), bem como contratos com compras do governo.
Agroindústria; complexo industrial de saúde; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade; transformação digital; bioeconomia; e tecnologia da defesa são setores incluídos nas metas e diretrizes propostas.
Dentre as diretrizes transversais, há ainda questões relacionadas à inclusão; equidade de gênero, cor e etnia; promoção do trabalho decente e melhoria da renda; desenvolvimento produtivo, tecnológico e de inovação; incremento da produtividade e da competitividade; e redução de desigualdades.
A construção deste planejamento foi feita ao longo do segundo semestre de 2023 pelo CNDI, formado por 20 ministérios, 21 entidades representativas da sociedade civil, do setor produtivo e dos trabalhadores e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo boletim mensal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, após oito anos de espera, a proposta visa traçar "o caminho do desenvolvimento de uma indústria nacional forte, inovadora, sustentável e inclusa".
O plano de ação deverá ser entregue pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em solenidade hoje. (Com Folha de S. Paulo)