A aplicação da nova alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Ceará desde o início do ano tem movido uma série de reuniões entre empresários e o Governo do Estado.
Os varejistas buscam acordo para que o peso do aumento seja menor para setores do comércio e o repasse menos impactante nos preços ao consumidor final.
Esse diálogo é liderado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza. Ontem, durante evento do BNB, o presidente da entidade, Assis Cavalcante, afirmou que as alíquotas subiram bem acima do decreto assinado pelo Governo, de dois pontos percentuais, de 18% para 20%.
Assis explica que o aumento da tributação em dois pontos percentuais gera um repasse real de 11,1% nos preços, dando como exemplo os setores de móveis, confecções, motocicletas, alimentos e remédios.
"A Secretaria da Fazenda em alguns setores elevou esse percentual para percentuais superiores aos 20% (em alguns casos até acima de 30%) e aí começamos a conversar, cada setor com suas lideranças", conta.
A conversa agora está focada nos setores de móveis e confecções para que a alíquota seja amenizada por meio de mudança na base de cálculo. Setor de material de construção também pleiteia acordo.