A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para contribuintes com renda de até dois salários mínimos fará com que 1,1 milhão de pessoas deixem de pagar o tributo, de acordo com cálculo do Sindifisco Nacional, que representa os auditores fiscais da Receita Federal.
A entidade também calcula que houve uma redução de 4,27 pontos porcentuais na defasagem acumulada desde 1996 para esta faixa.
"O aumento do desconto e do reajuste porcentual aliviam a situação dos mais pobres. Por outro lado, a classe média assalariada, que historicamente vê seu imposto de renda aumentar pela insuficiência da correção, precisa que a tabela seja reajustada em níveis compatíveis com a inflação acumulada desde 1996", avalia o presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão.
A entidade afirma que, levando em conta os resíduos acumulados desde 1996 (ano do fim do reajuste automático), a defasagem para a faixa isenta do IR passou para 127,72%, ante 132% em dezembro de 2023.
Se houvesse correção integral, a faixa de isenção seria de R$ 4.899,69, o que implicaria na inclusão de 14,6 milhões de contribuintes. Com isso, seriam 29,19 milhões de pessoas isentas, estima a entidade. (Agência Estado)