Além de aumentar a área livre da mosca-das-frutas, outro objetivo de governo e fruticultores no Ceará é ampliar a área irrigada, ainda mais em um contexto de mudanças climáticas e El Niño a todo vapor.
"Para o futuro, a gente quer expandir nossa área irrigada que hoje está bem ociosa. A gente pode produzir mais. A gente tem áreas disponíveis para se produzir mais e a possibilidade de melhorar a qualidade dos nossos produtos e modificá-los um pouco. A nossa oferta de produtos na exportação ainda pode ser melhorada. A gente tem algumas frutas que não produz aqui e que o mercado mundial quer", avaliou o secretário-executivo do Agronegócio da SDE, Sílvio Carlos Ribeiro.
Já o diretor institucional da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos, enfatiza que o Estado "tem de ter segurança hídrica. Então, investimentos na Transposição do Rio São Francisco, em polos de irrigação, em reservatórios para armazenamento de água, ou seja, dar ao produtor a segurança de que ele pode investir, pode produzir, pode implementar um pomar".
Tanto ele quanto o secretário Sílvio Carlos lembraram o caso recente da produção de manga do Peru, um dos principais exportadores mundiais da fruta que sofreu com uma seca intensa. "Um pomar de manga demora quatro anos para começar a produzir. Você imagina se nesse meio tempo acaba a água, por exemplo! O prejuízo é enorme", ressalta Barcelos.