Apesar de haver uma disputa crescente pelo protagonismo na produção de hidrogênio verde entre Estados Unidos e Brasil, os dois países discutiram na semana passada a possibilidade de estabelecer parcerias estratégicas no desenvolvimento dessa fonte energética.
Um dos primeiros passos nessa direção foi o lançamento do Comitê de Ação de Hidrogênio Limpo do Diálogo da Indústria de Energia Limpa EUA-Brasil (CEID, na sigla em inglês) na última quinta-feira, 22, com a participação do secretário nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral.
Na ocasião, a diretora do Departamento de Transição Energética do MME, Mariana Espécie, destacou a importância do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), afirmando que a iniciativa “é o principal arcabouço institucional para desenvolver o mercado nacional do hidrogênio de baixa emissão de carbono” e acrescentou que “o estabelecimento de parcerias internacionais também faz parte das estratégias estabelecidas pelo Brasil”.
Por sua vez, o titular da Pasta, ministro Alexandre Silveira, disse que “o processo da transição energética pode ajudar para além de resolver a questão da descarbonização do planeta, auxiliando nosso País a trazer justiça social. Os Estados Unidos são um parceiro muito importante em questões estratégicas, como a preservação ambiental do planeta, e essa contribuição pode trazer frutos para o povo brasileiro”.
Segundo o MME, o Brasil tem capacidade para produzir 1,8 gigatonelada de hidrogênio por ano e projetos em desenvolvimento, que englobam mais de US$ 30 bilhões (quase R$ 150 bilhões) em investimentos anunciados.