O universo das startups no Brasil ainda é predominantemente masculino, com 79,9% dos fundadores, ante 19,7% de mulheres e 0,5% de pessoas que preferem não identificar o gênero, conforme aponta levantamento da Associação Brasileira de Startups.
Contudo, para quem lida diretamente com o processo de aceleração de startups esses números tendem a ser mais equitativos no futuro, uma vez que a participação de mulheres em novos projetos têm aumentado.
Em alguns dos principais projetos voltados para esse mercado, o número de novos negócios cujas fundadoras são mulheres chega a cerca de um terço.
É o caso do Delta-V, da Casa Azul Ventures, que fez a aceleração de 60 startups nordestinas no ano passado, contando com a parceria do BNB, entre outros. “Existe um crescimento grandioso de mulheres no board (conselho de administração) das startups, como fundadoras”, observa Rafael Silveira, diretor de operações (COO) da Casa Azul Ventures.
”Se a gente for olhar para o Delta-V, que acelerou 60 startups no Nordeste, pelo menos, 30% das startups teriam mulheres no seu no seu grupo de founders (fundadoras)”, acrescenta reconhecendo, contudo, que o percentual ainda é baixo. “Como é que a gente pode mudar isso? Criando programas de formação exclusiva para mulheres, criando acelerações exclusivas para esse tipo de situação”, defendeu o executivo.
Outros recortes sociais revelados pela pesquisa mostram que a questão racial e etária também apresentam desafios, com 70,8% dos fundadores de startups se identificando como brancos, e 56,6%, como adultos com idade entre 29 e 43 anos.
