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Gestão da água é imprescindível para evitar insegurança hídrica no Estado
Economia

Gestão da água é imprescindível para evitar insegurança hídrica no Estado

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A gestão da água é imprescindível para evitar a insegurança hídrica no Ceará, que enfrenta uma baixa vazão, a qual é definida pela velocidade que um volume ou massa escoa em determinado período e local. Há um temor de se gastar água e acabar faltando, conforme o assessor técnico de recursos hídricos da SDE, Hypérides Pereira de Macedo.

"No Sertão Central e por onde não passa a transposição, é lógico que há uma insegurança hídrica, porque o administrador de água fica temeroso e inibido de liberar mais água para o uso", detalhou Hypérides. "Você não pode deixar as pessoas com sede e nem o gado, porque morre o gado e a cidade fica sem água."

O professor professor do departamento de engenharia hidráulica e ambiental da Universidade Federal do Ceará, Assis Souza Filho, esclareceu que boa parte da água no Estado tem que ser produzida por infraestruturas hídricas, já que não há uma quantidade de água subterrânea grande na localidade.

Neste sentido, para alcançar segurança hídrica, é necessário a gestão e fomento da infraestrutura na visão do docente. "A questão dos novos mananciais, notadamente, reúso e dessalinização são caminhos que estão sendo utilizados na Região Metropolitana de Fortaleza para ampliar as fontes de água."

Um plano de ação foi formulado pelo Governo do Estado para diversificar a matriz hídrica, que incluiu a liberação das águas do rio São Francisco para o açude Castanhão em fevereiro, conforme disse o secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Robério Monteiro, ao O POVO. "Após a chegada das águas ao maior reservatório do Estado, este mesmo volume será transferido para Fortaleza, uma vez que a prioridade do recursos é o abastecimento humano."

"Outras obras também estão em execução para assegurar a abastecimento, como o Cinturão das Águas, Ramal do Salgado e Duplicação do Eixão, além da perfuração de poços e instalação de dessalinizadores. Hoje, o Ceará se encontra com 38,05% de reserva hídrica, pouco mais de 7 bilhões de m³ de água acumulada", explicou.

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