Logo O POVO+
Entidades elogiam decreto; impacto tributário traz dúvidas
Economia

Entidades elogiam decreto; impacto tributário traz dúvidas

Incerteza. Social x Fiscal
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Setor supermercadista apoia proposta de isenção ou redução de impostos para alimentos mais saudáveis (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Setor supermercadista apoia proposta de isenção ou redução de impostos para alimentos mais saudáveis

Tanto o setor supermercadista quanto entidades que lidam com a questão social elogiaram o texto do decreto que estabeleceu os critérios para a composição da nova cesta básica, mas o potencial impacto tributário gera dúvidas entre economistas.

Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, que apresentou proposta de produtos que deveriam ter isenção dentro da cesta básica, o trabalho desenvolvido “se preocupou em não limitar o hábito de consumo brasileiro e considerou questões previstas na Constituição Federal. É uma proposta ampla, universal, com opções acessíveis e muito focada em alimentos saudáveis".

A diretora de Relações Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, Paola Carvalho, “a cesta básica sempre foi utilizada como referência para a questão da alimentação na família. A própria alimentação escolar vai considerar esse produto mais saudável que foi incluído na cesta básica. Outras políticas de distribuição de alimentos também vão fazer esse movimento”.

Sobre a questão tributária, contudo, o presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Igor Lucena, teme que a depender do que ficar definido em termos de isenção na nova cesta básica, haja impacto na alíquota geral do Imposto sobre Valor Agregado ( IVA).

“O grande problema é que, independentemente do que for feito, vai ter distorções. Se a gente for colocar uma alíquota-base para todos os alimentos, os pobres vão pagar mais do que os ricos por causa da cesta básica. E se a gente colocar alíquotas diferenciadas, os ricos vão pagar menos que os pobres, proporcionalmente, porque o nosso imposto sobre consumo é muito alto”, avaliou.

Veja os 10 grupos alimentares que formam a nova cesta básica do Brasil

  1. Feijões (leguminosas)
  2. Cereais
  3. Raízes e tubérculos
  4. Legumes e verduras
  5. Frutas
  6. Castanhas e nozes (oleaginosas)
  7. Carnes e ovos
  8. Leites e queijos
  9. Açúcares, sal, óleos e gorduras
  10. Café, chá, mate e especiarias

Inflação: o que é, de onde vem e como se proteger?

Mais notícias de Economia

O que você achou desse conteúdo?