O Ibovespa recuou 0,75% ontem, aos 126.123,56 pontos - o menor nível desde 7 de dezembro -, penalizado pela queda de Petrobras e Vale.
Depois de recuarem mais de 10% na sexta-feira, 8, as ações da petroleira tentaram uma recuperação neste dia 11, mas sucumbiram ao temor de interferência política após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mineradora acompanhou o sinal negativo do minério de ferro e também fechou no vermelho.
A combinação desses fatores levou à terceira queda seguida para o índice de referência da B3, que só nesse intervalo acumula perdas de 2%. Ontem, ele oscilou em terreno negativo durante praticamente todo o dia, entre a mínima, de 126.065,16 pontos (-0,79%), e a máxima, de 127.067,97 pontos (estável).
Dos 86 papéis da carteira teórica do Ibovespa, 50 fecharam o dia no vermelho. O giro foi de R$ 20 bilhões.
A Petrobras foi o destaque da sessão, marcada pela tentativa do mercado de medir o risco de ingerência política em empresas controladas pelo governo. Depois do tombo da última sexta-feira, puxado pela notícia de que a empresa não pagaria dividendos extraordinários referentes ao quarto trimestre de 2023, investidores acompanharam a evolução do noticiário sobre o tema.
A queda de 5,41% na cotação do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, também penalizou o Ibovespa.
Puxada pela commodity, Vale ON recuou 3,11%, com a notícia de que o conselho da empresa decidiu manter Eduardo Bartolomeo como CEO deixada em segundo plano pelo mercado.
Outras mineradoras também fecharam no vermelho, a exemplo de Usiminas PNA (-4,70%) e CSN (-1,78%).
As maiores altas do Ibovespa ontem foram de 3R Petroleum ON ( 2,94%), Vamos ON ( 2,56%), Eztec ON ( 2,41%) e JBS ON ( 1,80%). Na outra ponta, as maiores quedas ficaram com IRB Brasil ON (-5,05%) e Tim ON (-3,59%), além de Vale ON e Usiminas PNA.