O Banco do Nordeste (BNB) passou a integrar o projeto de criação do Drex desde fevereiro deste ano, segundo informações enviadas ao O POVO em primeira mão pela TecBan, líder de um consórcio - que tem o BNB como membro - criado pelo Banco Central (BC) para realizar testes de segurança das operações do real digital.
O gerente do Hub de Inovação do BNB, Carlos Eduardo Gaspar, informou que o real digital trará agilidade às operações, aumento na segurança dos processos, redução de custos e diminuição dos juros aos consumidores. Em caso de inadimplência, a instituição financeira pode executar a dívida de forma automática.
"Dá segurança praticamente absoluta a transações e rastreamento de ativos. (...) Imagine o ganho de custo que isso (proteção contra a inadimplência) vai trazer. Eu eliminei todo um processo judicial, cartório, custas administrativas e outras despesas. Isso vai permitir emprestar a menor taxa", detalhou Gaspar.
O gerente de plataformas digitais na TecBan, Luiz Fernando Lopes, vê a entrada do BNB no consórcio como um complemento às ferramentas necessárias para entender os desafios que o Drex pode enfrentar, bem como saná-los. "Com a chegada desse novo e relevante participante incorporamos mais diversidade aos debates e enriquecemos o trabalho que estamos desenvolvendo juntos."
A equipe do consórcio conta também com a participação das empresas Pinbank Brasil, Dinamo, Banco Arbi, Ntokens, ClearSale, Foxbit, CPQD, AWS e Parfin, "voltadas para negócios como o desenvolvimento Blockchain e Hyperledger Besu (que registram transações), custódia, tokenização (transformação de ativos físicos em digitais), segurança e privacidade e serviços computacionais em nuvem", informou a TecBan.
A agilidade de processos com o Drex foi outro ponto citado. Um exemplo disso é que, por meio de um contrato eletrônico, é viável analisar se uma das partes possui o dinheiro e a outra o bem negociado. "O próprio sistema faz a transferência automática e de forma imediata", explicou Eduardo Gaspar, do BNB.