A Grande Fortaleza obteve uma inflação de 0,28% em março de 2024, sendo a sexta maior taxa do Brasil no mês, dos 16 locais pesquisados.
O resultado é abaixo do registrado no mês anterior (0,84%), porém, é acima do percentual apontado nacionalmente (0,16%). Confira a lista dos produtos com maiores variações mais abaixo.
Os dados foram apresentados nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede a inflação oficial, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Levando em consideração apenas a variação nos últimos 12 meses, o aumento foi de 4,72%. Já no acumulado no ano o crescimento foi de 1,81%.
Com isso, o índice ficou acima da média do Brasil nas duas comparações, com taxas de 3,93% e 1,42%, respectivamente.
Entre os nove grupos analisados pela pesquisa, seis registraram alta. São eles: alimentação e bebidas (0,73%), habitação (0,64%), vestuário (0,45%), despesas pessoais (0,25%), saúde e cuidados pessoais (0,08%) e comunicação (0,02%).
Por outro lado, artigos de residência (-0,33%), transportes (-0,23%) e educação (-0,03%) apresentaram queda.
Dentre todos os itens analisados, as maiores altas de preços na Grande Fortaleza ficaram com itens de alimentação. Veja lista:
Em contrapartida, a maiores baixas foram registradas nos seguintes produtos pesquisados pelo IBGE:
Vale lembrar que o IPCA é referente a famílias residentes nas áreas urbanas, com rendimentos um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (INPC) na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) também teve alta (0,31%) em março de 2024, abaixo da variação registrada no mês anterior (0,82%).
Nos últimos 12 meses, o INPC acumula um crescimento de 4,72%. Já no acumulado do ano, o resultado não é diferente, com aumento de 1,77%.
Nesta pesquisa, consideram-se famílias residentes nas áreas urbanas das regiões, com rendimentos de um a cinco salários mínimos, cuja pessoa de referência é assalariada.
A inflação do País desacelerou em março, registrando alta de 0,16%, 0,67 ponto percentual (p.p) menor que em fevereiro, quando marcou 0,83%.
No acumulado do ano, a taxa está em 1,42%. Nos últimos 12 meses, os preços subiram 3,93%. Em março de 2023, o índice havia sido de 0,71%.
Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram alta na passagem de fevereiro para março. Entretanto, grupamentos com peso importante no IPCA apresentaram desaceleração no índice.
"Essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Apesar disso, o grupamento de alimentação e bebidas foi o que registrou o maior impacto (0,11 p.p.) e a maior variação (0,53%), mas também em movimento de menor alta, abaixo da que havia sido registrada em fevereiro (0,95%).
"Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade”, aponta o pesquisador.
A alimentação no domicílio desacelerou de 1,12% em fevereiro para 0,59% em março. Destacam-se as altas da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%).
"O caso do ovo de galinha tem uma explicação própria: tratou-se de um período em que uma parcela da população faz a opção de não comer carne por questões religiosas, aumentando a demanda dessa proteína", ressalta Almeida.
Além disso, o grupo transportes inverteu o sinal e passou da alta de 0,72% em fevereiro para a queda de 0,33% em março.
"Influência da passagem aérea, que já vinha de queda em fevereiro, e, , da gasolina, que havia apresentado o maior impacto individual no IPCA de fevereiro e teve uma alta menor em março", justifica André Almeida.
O recuo nos preços da passagem aérea foi de 9,14%. Já a gasolina saiu de 2,93% para 0,21%. Entre os combustíveis (0,17%), além da gasolina, o etanol também teve alta, de 0,55%.
Por outro lado, o gás veicular (-2,21%) e o óleo diesel (-0,73%) registraram recuo nos preços, enquanto o subitem táxi teve alta de 0,23% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (2,28%), a partir de 8 de fevereiro.
Em habitação, a alta de 0,19% teve a energia elétrica como destaque, com preços 0,12% mais altos, influenciada por reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (1,18%).
O grupo de despesas pessoais acelerou de 0,05% para 0,33% na passagem de fevereiro para março, com influência do item cinema, teatro e concertos, que teve alta de 5,14% e impacto de 0,02 p.p. no IPCA do mês.
"Na última semana de fevereiro, após o carnaval, houve uma campanha para ingressos com valores promocionais para o cinema. Isso acabou impactando no índice daquele mês, ocorrendo, agora em março, uma devolução ao patamar regular", explica o pesquisador.
Sobre o resultado regional, a região metropolitana de Porto Alegre (-0,13%) foi a única que registrou recuo de preços. A queda nos preços da batata-inglesa (-18,42%) e da gasolina (-2,41%) influenciaram o índice na capital gaúcha. Já a maior variação ocorreu em São Luís (0,81%), impactada pela alta do tomate (23,51%).
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), houve um aumento de 0,19% em março, abaixo do registrado no mês anterior (0,81%).
No ano, o INPC tem alta de 1,58% e, nos últimos 12 meses, de 3,40%. Em março de 2023, a taxa foi de 0,64%.
Já os preços dos produtos alimentícios passaram de 0,95% em fevereiro para 0,50% em março, enquanto os dos produtos não alimentícios foram de 0,77% para 0,09%.
Regionalmente, somente Porto Alegre (-0,21%) registrou queda de preços, influenciada pela batata-inglesa (-18,42%) e pela gasolina (-2,41%). A maior variação ocorreu em São Luís (0,79%), por conta da alta do tomate (23,51%).
Deflação
No Brasil, a região metropolitana de Porto Alegre (-0,13%) foi a única que registrou recuo de preços