A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou aumento de 2,68% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação. A taxa foi a quinta maior do Brasil no semestre.
Além disso, a média foi 0,16 ponto percentual (p.p.) maior do que a observada nacionalmente (+2,52%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao mês de junho, a RMF obteve a segunda maior inflação do País, com 0,48%. Ficando atrás apenas de Belo Horizonte (0,68%). O índice foi 0,22 p.p. maior que o de maio (0,26%) e 0,09 p.p. mais alto que o nacional (0,39%).
Já no acumulado de 12 meses, a taxa da Grande Fortaleza foi de 4,49%, terceira maior do Brasil, com 0,43 p.p. a mais do que o índice do País (4,06%).
Dos nove grupos pesquisados, oito apresentaram elevação no semestre, com destaque para alimentos e bebidas (6,01%), maior inflação na categoria do País, e educação (6%). A única categoria que apresentou queda foi transportes (-0,92%)
Confira demais altas:
Os produtos com os maiores aumentos do semestre foram: Cebola (77,77%), tubérculos, raízes e legumes (68,2%), tomate (65,21%), cenoura (63,78%) e batata-inglesa (61,67%). Todos do grupo de alimentos e bebidas.
Por outro lado, as principais reduções foram: Passagem aérea (-40,91%), fígado (-13,87%), pacote turístico (-11,78%), peixe - palombeta (-11,09%) e cinema, teatro e concertos (-10,25%).
O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, da Grande Fortaleza, foi de 0,72%, segunda menor do Brasil, somente mais alta do que a taxa registrada em Goiânia. Além disso, o valor foi 0,32 p.p. abaixo da taxa nacional (1,04%).
No Brasil, a prévia da inflação ficou em 2,52% no semestre. Já no mês de junho a taxa foi de 0,39%, o índice foi 0,35 p.p. maior do que o apresentado em junho de 2023 (0,04%). O IPCA-E ficou em 1,04%, abaixo dos 1,12% registrados no mesmo período de 2023.
No acumulado do ano, apenas dois dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram decréscimos, o de Transportes (-0,5%) e o de Artigos de residência (-0,28%).
Já as principais altas foram em: Educação (5,85%), Alimentação e bebidas (5,37%) e Saúde e cuidados Pessoais (4,42%).
O IPCA-15 de junho foi de 0,39%. Em relação ao mês anterior (0,44%), houve um decréscimo de 0,05 p.p. Já nos últimos 12 meses, o índice acumulou 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no mês de junho. O grupo de Alimentação e Bebidas registrou a maior variação (0,98%). Na sequência, vieram os grupos Habitação (0,63%) e Saúde e cuidados pessoais (0,57%) As demais variações ficaram entre o -0,23% de Transportes e o 0,30% de Vestuário.
No grupo Alimentação e bebidas (0,98%), a alimentação no domicílio acelerou de 0,22% em maio para 1,13% em junho. Contribuíram para esse resultado as altas da batata inglesa (24,18%), do leite longa vida (8,84%), do arroz (4,20%) e do tomate (6,32%). No lado das quedas, destacam-se o feijão carioca (-4,69%), a cebola (-2,52%) e as frutas (-2,28%).
A alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de maio (0,37%), em virtude das altas de lanche (de 0,47% em maio para 0,80% em junho) e da refeição (0,34% em maio para 0,51% em junho).
No grupo Habitação (0,63%), a alta da taxa de água e esgoto (2,29%) foi influenciada pelos reajustes de 6,94% em São Paulo (5,48%), a partir de 10 de maio, de 9,85% em Brasília (4,60%), a partir de 1º de junho, e de 2,95% em Curitiba (2,86%), a partir de 17 de maio.
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,57%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,37%), decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024.
No grupo Transportes (-0,23%), houve queda na passagem aérea (-9,87%). Em relação aos combustíveis (-0,22%), todos registraram queda nos preços: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%).
Quanto aos índices regionais, todas as onze áreas de abrangência tiveram alta em junho. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,68%), por conta das altas da batata inglesa (24,31%), do leite longa vida (10,68%), da energia elétrica residencial (4,11%) e da gasolina (1,77%).