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Com alta na passagem aérea, Grande Fortaleza tem 4ª maior inflação do Brasil
Economia

Com alta na passagem aérea, Grande Fortaleza tem 4ª maior inflação do Brasil

A inflação da categoria de transportes no mês foi a maior observada no Brasil. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, 9
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PREÇO das passagens aéreas foi o que mais influenciou a alta da inflação (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE PREÇO das passagens aéreas foi o que mais influenciou a alta da inflação

A inflação de Fortaleza e Região Metropolitana (RMF) no mês de julho foi a quarta maior do Brasil dentre as 16 localidades pesquisadas, com 0,47%.

O resultado ainda foi 0,09 ponto percentual (p.p.) acima do registrado no Brasil (0,38%) e 0,19 p.p maior que o de junho.

Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador referente a famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, independente da fonte, e foram divulgados nesta sexta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mês, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas três tiveram deflação: alimentação e bebidas (-0,59%), comunicação (-0,13%) e vestuário (-0,19%).

Por outro lado, as maiores altas ocorreram em: transportes (2,48%), maior inflação da categoria no País, despesas pessoais (1,01%) e saúde e cuidados pessoais (0,37%)

Confira demais altas:

  • Artigos de residência: 0,22%
  • Habitação: 0,17%
  • Educação: 0,05%

O aumento da taxa de transportes foi influenciado pela elevação das passagens aéreas, que tiveram inflação de 25,64% no período.

O valor foi o maior apontado dentre os produtos avaliados pelo IBGE no mês de julho.

Os outros ítens com os maiores acréscimos foram:

  • Uva (9,39%)
  • Hospedagem (6,84%)
  • Manga (6,56%)
  • Combustíveis (5,19%)
  • Alho (5,18%)

Em contrapartida, as principais reduções ocorreram em: tomate (-28,96%), cenoura (-28,53%), cebola (-9,67%), maracujá (-6,89%) e peixe-cavala (-4,75%). Todos parte da categoria que obteve deflação mais acentuada, alimentos e bebidas.

Em relação aos dados do acumulado do ano (janeiro - julho), a Grande Fortaleza também obteve a quarta maior inflação do País, com 3%, índice 0,13 p.p. mais alto do que o nacional (2,87%).

No período, 8 grupos pesquisados tiveram alta, apenas um se manteve estável, o vestuário com -0,01%. Veja as categorias que apresentaram inflação:

  • Educação: 5,97%
  • Saúde e cuidados pessoais: 5,14%
  • Alimentação e bebidas: 4,8%
  • Despesas pessoais: 2,49%
  • Comunicação: 2,45%
  • Artigos de residência (2,17%)
  • Habitação: 1,19%
  • Transportes: 1,1%

O IPCA também traz informações sobre a taxa nos últimos 12 meses, que ficou em 5,02%, outra vez quarta mais alta do Brasil, os aumentos que se destacaram foram nos grupos de educação (8,9%) e de saúde e cuidados pessoais (6,59%).

Índice Nacional de Preços ao Consumidor da Grande Fortaleza

O cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se refere a famílias que recebem de um a cinco salários mínimos.

Na RMF, o INPC foi de 0,39% no mês de julho, terceiro maior do País no período e 0,13 p.p. maior do que o registrado nacionalmente (0,26%) e 0,11 p.p. mais alto do que o de junho.

A inflação do mês foi puxada, principalmente, pelos grupos de habitação (0,67%), vestuário (0,64%) e saúde e cuidados pessoais (0,64%). O único segmento que teve baixa foi o de artigos de residência (-0,68%).

Já os produtos que mais aumentaram foram: batata-inglesa (26,67%), melancia (10,55%) e café moído (7,96%). Por outro lado, as maiores baixas ocorreram nos valores da cebola (-13,96%), do pimentão (-13,43%) e da goiaba (-7,82%).

No acumulado dos últimos 12 meses, o INPC da Grande Fortaleza foi 4,73%, que representa um acréscimo de 0,67 p.p. em relação ao do Brasil (4,06%). Já o índice dos na junção dos setes primeiros meses do ano foi de 2,91%, única taxa menor do que a nacional (2,95%).

Cenário nacional

O IPCA de julho teve alta de 0,38%, 0,17 p.p. acima da taxa de 0,21% registrada em junho. Em julho de 2023, a variação havia sido de 0,12% No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 4,5%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. A maior
variação veio de Transportes (1,82%). Na sequência, veio o grupo Habitação (0,77%).

Por outro lado, no campo negativo, destaca-se a queda de Alimentação e Bebidas (-1%). Os demais grupos ficaram entre o -0,02% de Vestuário e o 0,52% de Despesas Pessoais.

No grupo Transportes, a maior variação veio da passagem aérea (19,39%). Já o maior impacto foi da gasolina (3,15%).

Em relação aos demais combustíveis (3,31%), o etanol (5,90%) e o óleo diesel (1,03%) apresentaram aumento de preços, enquanto o gás veicular (-0,20%) registrou queda.

O resultado do grupo Habitação (0,77%) foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial (1,93%). Pois, em julho, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$1,885 a cada 100kwh consumidos.

Em Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio caiu 1,51% em julho, após alta de 0,47% em junho. Foram observadas quedas nos preços do tomate (-31,24%), da cenoura (-27,43%), da cebola (-8,97%), da batata inglesa (-7,48%) e das frutas (-2,84%).

No lado das altas, destacam-se o café moído (3,27%), o alho (2,97%) e o pão francês (0,67%).

A alimentação fora do domicílio (0,39%) registrou variação próxima a do mês anterior (0,37%). O subitem lanche acelerou de 0,39% para 0,74%, enquanto a refeição desacelerou de 0,34% para 0,24%.

No que concerne aos índices regionais, as maiores variações ocorreram em São Luís e Rio Branco (0,53%). Por outro lado, as menores variações ocorreram em Salvador e Aracaju (0,18%).

Já o INPC teve alta de 0,26% em julho e se manteve estável em relação à taxa de junho (0,25%). No ano, a taxa acumula alta de 2,95% e, nos últimos 12 meses, de 4,06%. Em julho de 2023, o índice foi de -0,09%.

Os produtos alimentícios caíram 0,95% em julho, após alta de 0,44% em junho. Por sua vez, a variação dos não alimentícios acelerou de 0,19% em junho para 0,65% em julho.

Quanto aos índices regionais, São Luís apresentou a maior variação (0,48%), por conta da alta da gasolina (5,78%). Já a menor variação foi observada em Salvador (0,02%), por conta do recuo do tomate (-22,31%).

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