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Região do Pecém perde quase 1,5 mil postos de trabalho no 1° semestre de 2024
Economia

Região do Pecém perde quase 1,5 mil postos de trabalho no 1° semestre de 2024

|APONTA SINE/IDT| Municípios de Caucaia, São Gonçalo do Amarante e Paracuru registraram 12,5 mil admissões e 14 mil demissões no período
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COMPLEXO do Pecém é principal polo atrator de empregos na região (Foto: Gladison de Oliveira / Divulgação Complexo do Pecém)
Foto: Gladison de Oliveira / Divulgação Complexo do Pecém COMPLEXO do Pecém é principal polo atrator de empregos na região

Os municípios que compõem a chamada região do Pecém registraram uma perda de 1.482 postos de trabalho no 1º semestre de 2024.

É o que aponta estudo feito pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine)/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).O levantamento foi apresentado ontem na sede da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp).

Entre os municípios pesquisados, o saldo mais negativo foi verificado em Caucaia que perdeu 1.504 vagas de emprego formal. São Gonçalo do Amarante também teve redução no número de postos de trabalho com carteira assinada, embora mais tímida, com saldo negativo de 96 vagas. Por outro lado, o município de Paracuru gerou 118 novas vagas de trabalho nos seis primeiros meses do ano.

A região fechou o 1º semestre de 2024, com um total de 54.989 empregos com carteira assinada, sendo 20.935 na indústria; 15.363 no setor de serviços; 14.378 no comércio, 3.441 na construção e 872 na agropecuária.

No caso de Caucaia, o setor que mais admitiu foi a construção civil e o que mais demitiu foi a indústria, mesmo comportamento observado no município de São Gonçalo do Amarante. Já no caso de Paracuru, o setor de serviços lidera em número de contratações, enquanto o comércio demitiu mais no período.

Para o coordenador da intermediação de profissionais do SINE/IDT, Grijallba Marques, apesar do resultado negativo verificado entre janeiro e junho deste ano, a tendência é a de que essas vagas sejam repostas até dezembro na região do Pecém. “A gente já está percebendo que agora em julho e em agosto estão chegando novas empresas que devem trazer uma recuperação no mercado de trabalho para o segundo semestre”, pontuou o pesquisador.

Com forte vocação industrial, a região sentiu os efeitos de uma crise global que atingiu principalmente o setor eólico no ano passado e que teve reflexos sobre a mão de obra no início deste ano. “Sem novas contratações de projetos, as empresas reduziram suas equipes. A expectativa que se tem é que isso vá ser retomado”, disse o consultor de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Jurandir Picanço.

“No setor eólico, teve realmente esse período de redução de encomendas, porque eles encomendam com antecedência e depois vão fabricar. Agora, o principal sintoma de que essas contratações vai retomar é que a Vestas, fabricante de aerogeradores, está fazendo uma ampliação”, detalhou Picanço, lembrando que, apesar de a empresa ter fábrica em Aquiraz, gera reflexos em toda a cadeia do setor, incluindo a do Pecém.

No mesmo sentido, o presidente da Energo Engenharia e Consultoria, Adão Linhares, explica que “houve uma queda bastante significativa no mundo todo, incluindo o Brasil, no mercado de energia eólica em 2023, mas há uma tendência de recuperação. Na América Latina, isso já vem acontecendo em países como o México e a Colômbia e isso também ocorre nos Estados Unidos, como incentivo para a cadeia do hidrogênio”.

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