As demissões de 1.947 colaboradores da Aeris Energy, fabricante de pás eólicas com duas plantas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), registradas no primeiro semestre de 2024 tiveram impacto decisivo para o saldo negativo registrado nos três municípios que compõem a região, conforme avaliação dos analistas ouvidos por O POVO.
Somente no mês de maio, a empresa demitiu cerca de 1.500 funcionários, em decorrência do encerramento de contrato com a Siemens Gamesa. À época, a empresa se disse confiante no setor de energia eólica no longo prazo.
Conforme o presidente da Energo Engenharia e Consultoria, Adão Linhares, esse contrato era muito significativo. O especialista explica que o modelo da Aeris "de produzir pás eólicas para o mercado brasileiro e para a exportação é bastante desafiador e dependente de outros fabricantes".
Já o coordenador da intermediação de profissionais do SINE/IDT, Grijallba Marques, lembrou que a empresa "ficou com saldo negativo em torno de 1.500, naquele momento, mas eles começaram um outro contrato e a Aeris voltou a admitir novos profissionais agora no segundo semestre".
Nesse sentido, na primeira quinzena de agosto, o CEO da Aeris, Alexandre Negrão anunciou, a diversificação dos negócios da companhia com a construção de estrutura para transporte de gás natural e, possivelmente, hidrogênio verde.