Embora o modal ferroviário esteja no centro das atenções da Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra-CE), a construção do Aeroporto do Vale do Jaguaribe, em Morada Nova (a 168 Km de Fortaleza) também foi citado pelo titular da Pasta como uma das obras prioritárias de sua gestão, apesar da indefinição quanto ao cronograma.
"Esse Aeroporto do Vale do Jaguaribe eu peguei ele já com o projeto 80% finalizado. Ainda não tive a oportunidade de conversar com o governador se essa é uma prioridade para este ano ou se vamos deixar para o próximo ano, mas é um projeto que praticamente já vai ser finalizado conosco. Temos autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)", disse Hélio Winston Leitão.
"Precisamos ainda fazer algumas finalizações e desapropriações, que ficam entre seis e oito", acrescentou.
Atualmente, dez aeroportos regionais são geridos pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), em parceria com a Superintendência de Obras Públicas do Ceará (SOP-CE): Camocim, Campos Sales, Canoa Quebrada (no município de Aracati), Crateús, Iguatu, Jericoacoara (no município de Cruz), Quixadá, São Benedito, Sobral e Tauá.
No fim de julho, a Infraero e o governo do Estado entraram em impasse por conta das tarifas de embarque cobradas nesses equipamentos. Em agosto, foi anunciado um reajuste de 31,26%, após a Infraero ter chegado a enviar uma proposta de distrato, segundo informou o colunista de O POVO Jocélio Leal.
Ainda conforme lembrou o colunista, a defasagem nas tarifas vinha desde 2018 e o reajuste afastou a possibilidade da Infraero encerrar o contrato. Os valores ficaram equivalentes a aeroportos como Ipatinga (MG) e Juazeiro do Norte, este último já concedido à Aena.
No ano passado, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) criou o Plano de Aviação Regional, prevendo investimentos para infraestrutura e instalação de equipamentos de auxílio e beneficiando quase 100 aeroportos.