O estoque de vínculos trabalhistas no setor privado do Ceará foi o terceiro maior dentre os estados do Nordeste, com 1.292.485, atrás apenas da Bahia (1.917.760) e de Pernambuco (1.354.381).
O montante representou um aumento de 59.190 vínculos ou de 4,8% em comparação com o ano anterior.
De acordo com o titular em exercício da Secretaria do Trabalho do Estado, Renan Ridley, o resultado reflete a expansão econômica do Ceará, que é “ um dos estados que mais têm crescido economicamente”.
“Registramos uma elevação de 5,26% no primeiro trimestre de 2024 em comparação ao primeiro trimestre de 2023. Desta forma, acreditamos que conquistaremos números ainda melhores no fim deste ano”, comenta.
Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2023 e foram divulgados com antecipação, na quinta-feira, 12, em Brasília, pelo ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho.
Segundo ele, a relação completa será publicada no quarto trimestre de 2024 e a antecipação das informações do setor privado ocorreu devido à preparação do 2º Relatório Nacional de Igualdade Salarial.
Dentre os profissionais de carteira assinada no Ceará em 2023, 39,21% são mulheres, quantidade que se manteve estável em relação ao ano anterior, e, ante o grau de instrução se destacam os profissionais com ensino médio completo (827.417)
Já no que se refere aos setores de trabalho, o que mais emprega os cearenses é o de serviços, com 631.978 vínculos, seguido pelo comércio, com 280.034 e indústria, com 271.487.
Neste contexto, considerando serviços, o destaque ficou por conta do subsetor informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com o estoque de 333.708 carteiras de trabalho assinadas.
Na indústria, observa-se a forte participação dos subsetores calçadista (66.355), seguida de fabricação de produtos alimentícios (41.948) e vestuário e acessórios (41.172).
A respeito da remuneração média, os salários dos trabalhadores do Estado, em 2023, foram cerca de 3,5% maiores do que em 2022, passando de R$ 2.430,18 para R$ 2.515,81.
A relação também apresenta o salário médio por setor. Confira:
No Brasil, os cinco principais setores econômicos registraram crescimento dos vínculos formais, com a criação de 1.511.203 postos de trabalho.
Agora, o estoque de empregos formais no setor privado passou de 42.957.808, em 31 de dezembro de 2022, para 44.469.011 no fim do ano passado, uma variação positiva de 3,5%.
Dentre os setores, no segmento de serviços foram criadas 962.877 vagas, um resultado 4,8% superior ao de 2022. O comércio cresceu 2,1%, com 212.543 vínculos, a agropecuária aumentou 1,9%, com 33.842 vínculos, enquanto a indústria registrou um incremento de 121.318 vínculos, com um crescimento de 1,4%.
“O segmento com maior salário médio permanece sendo a indústria, com R$ 4.181,51, seguida por serviços (R$ 3.714,89); construção civil (R$ 3.093,97); comércio (R$ 2.802,51) e agropecuária (R$ 2.668,58)”, disse a subsecretária nacional de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, destacando que, na média, os salários pagos aos trabalhadores formais na iniciativa privada subiram 3,6%, já considerando a inflação do período, passando de R$ 3.390,58 para R$ 3.514,24.
Regionalmente, o Sudeste segue concentrando o maior número de empregos formais, com 51,2% dos vínculos celetistas. Em seguida vêm as regiões Sul (18,4%) e Nordeste (16,4%). No entanto, as regiões Norte (5,4%), Nordeste (4,2%) e Centro-Oeste (4,2%) registraram o maior crescimento percentual.
“Do ponto do vínculo, a maior parte está associada aos celetistas [trabalhadores cujo contrato é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho], mas há outras situações que vale a pena destacarmos, como o número de aprendizes, que passou de 55.493 para 546.260, e de trabalhadores temporários, que passou de 209.654 para 226.144”, disse Paula Montagner.
Ainda de acordo com a subsecretária, os trabalhadores avulsos aumentaram de 92.716 para 121.044, mas houve uma ligeira queda do total de trabalhadores que tinham contratos a prazo determinado de 148.553 para 133.968.
Além disso, conforme os dados da Rais, as mulheres, em 2023, ocupavam 40,9% dos empregos formais no setor privado. Por faixa etária, em comparação a 2022, houve uma ligeira redução dos empregados formais até 39 anos, e um crescimento importante dos mais velhos, principalmente os de 40 a 49 anos
A Rais, que é divulgada anualmente, é um importante registro administrativo que oferece informações detalhadas de todos os estabelecimentos formais e vínculos celetistas e estatutários do Brasil.
Com Agência Brasil
Região
A região Sudeste segue concentrando o maior número de empregos formais, com 51,2% dos vínculos celetistas. Em seguida vêm as regiões Sul (18,4%) e Nordeste (16,4%)