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Ceará atinge a menor taxa de desemprego desde 2014
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Ceará atinge a menor taxa de desemprego desde 2014

| Mercado de trabalho| O indicador recuou de 8,6% para 7,5% no Estado no último trimestre encerrado em junho, segundo o IBGE. No Brasil, 15 unidades federativas apresentaram queda na taxa
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ATIVIDADES de comércio e serviços, com destaque para turismo, têm participação decisiva na redução da desocupação, segundo a Secretaria do Trabalho (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal ATIVIDADES de comércio e serviços, com destaque para turismo, têm participação decisiva na redução da desocupação, segundo a Secretaria do Trabalho

A taxa de desemprego caiu no Ceará para 7,5% entre abril e junho de 2024. É a menor taxa para um 2º trimestre em 12 anos, considerando que o início da série histórica foi iniciada em 2012. É ainda o melhor desempenho, considerando todos os trimestres, desde 2014.

“Nós seguimos esse fenômeno de alteração da conjuntura nacional de queda de desocupação e tivemos essa redução”, comemorou o secretário estadual Vladyson Viana (Trabalho), apontando o setor de comércio e serviços como destaque para a diminuição da desocupação.

O recuo foi observado no Estado e em mais 14 unidades do País no segundo trimestre de 2024, segundo informou hoje, 15, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Ceará, o recuo foi de 8,6% para 7,5% no período analisado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral.

O indicador demonstrou desempenho mediano quando comparado a outros estados brasileiros, uma vez que o IBGE aponta as maiores taxas em Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%), e as menores, de Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).

Quantos desocupados têm no Estado?

Outros dados da pesquisa indicam melhoria no mercado de trabalho local, como a diminuição da população desocupada.

Medida em 293 mil pessoas no Estado, esse indicador recuou 13,4% entre abril e junho de 2024, o que representa menos 45 mil pessoas nesta condição.

Para o secretário do Trabalho, os números respondem aos estímulos das políticas públicas efetuadas no País e a projeção para o término de 2024 é de melhores indicadores, segundo ele.

“A economia brasileira e cearense vêm em crescimento e, consequentemente, a empregabilidade formal também. Todos os setores produtivos com os quais eu tenho dialogado, como construção civil, bares e restaurantes, supermercados, turismo e indústria, todos têm expectativas de expansão de postos de trabalho”, afirmou.

O desafio, completou, é preparar a mão de obra local para as vagas projetadas para todos esses segmentos, com destaque para as geradas a partir dos investimentos em transição energética no Estado.

Quanto é o rendimento médio real do trabalhador no Ceará?

Já o rendimento médio real habitual do trabalhador no Ceará é de R$ 2.164 para o período de abril a junho de 2024, o que representou um aumento de 7,2% em relação ao trimestre anterior.

“A medida que diminui a taxa de desocupação e aumenta o nível da população ocupada, naturalmente, a gente passa a ter um aumento da massa de rendimento e, consequentemente, do rendimento médio. Mas os empregos relacionados à transição energética, à tecnologia da informação, que são melhores remunerados, impactam no rendimento médio, e isso tem acontecido aqui”, apontou o secretário.

No País, o rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 3.214 - maior ante o primeiro trimestre de 2023 (R$ 3.158).

"A massa de rendimento real habitual (R$ 7,7 bilhões) teve variação estatisticamente significativa na comparação trimestral, subindo 8,7% (mais R$ 619 milhões) na comparação com o 1º trimestre deste ano", informa o IBGE.

Informalidade no Ceará é a 4ª maior do País

A melhora, no entanto, não é identificada no mercado formal de trabalho, o que sugere a ocupação dessas pessoas no mercado informal.

Hoje, o Ceará apresenta a 4ª maior taxa de informalidade do Brasil, calculada pelo IBGE em 53%. O percentual representa 1,9 milhão de trabalhadores exercendo ofícios sem carteira assinada.

Perguntado sobre como superar a informalidade, Vladyson Viana afirmou que a estratégia do Estado do Ceará consiste em investir no empreendedorismo com auxílio do microcrédito orientado.

“Os microempreendedores individuais já representam em torno de 70% dos CNPJs ativos no Estado, então, esse é o caminho que temos de seguir através de políticas de crédito, como o CearáCredi. É fortalecer essa atividade empreendedora e estimular a formalização”, disse.

No entanto, ele aponta como essencial para efetivar esse movimento de formalização a necessidade de informar a população sobre as vantagens do emprego de carteira assinada, assim como as garantias de manutenção de benefícios sociais, como o Bolsa Família.

“Precisamos informar melhor a população de que não se perde o benefício ao se formalizar ou virar microempreendedor individual. Antes, isso acontecia automaticamente, é verdade. Mas, agora, só quando a renda per capita familiar ultrapassar a marca de R$ 4 mil a 4,5 mil”, explicou.

Estabilidade

Os demais indicadores apontaram estabilidade entre os dois primeiros trimestres do ano, segundo indica a Superintendência do IBGE no Ceará. Confira as observações:

    • A taxa composta de subutilização (23,4%) ficou estável -0,1 p.p. frente ao trimestre móvel encerrado em março (23,5%) e estatisticamente estável -1,2 p.p. ante o trimestre encerrado em junho de 2023 (24,6%). A população subutilizada (1,0 milhão de pessoas) ficou estável 0,4% neste 2º trimestre, assim como no mesmo período de 2023.
    • A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (292 mil) manteve-se, estatisticamente, estável para ambos os períodos analisados. A população fora da força de trabalho (3,7 milhões), da mesma forma, ficou estável estatisticamente.
    • A população desalentada (266 mil) não variou significativamente ante o trimestre móvel anterior e recuou 14,2% (menos 44 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (6,4%) não teve variação significativa no trimestre e recuou 1,0 p.p. no ano.
    • O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi a 906 mil, mantendo-se estável no trimestre e, também, em relação ao trimestre anterior. Já o número de empregados sem carteira no setor privado, estimados em 750 mil pessoas, não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior.
    • O número de trabalhadores por conta própria (1,0 milhão de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (107 mil de pessoas). O número de trabalhadores domésticos (220 mil de pessoas) também apontou estabilidade estatística nos períodos comparativos.
    • O número de empregados no setor público (539 mil) mostrou-se estável, estatisticamente, no trimestre anterior e no mesmo trimestre do ano passado.

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Outros indicadores do mercado de trabalho no Ceará

> A taxa composta de subutilização (23,4%) ficou estável -0,1 p.p. frente ao trimestre móvel encerrado em março (23,5%) e estatisticamente estável -1,2 p.p. ante o trimestre encerrado em junho de 2023 (24,6%). A população subutilizada (1,0 milhão de pessoas) ficou estável 0,4% neste 2º trimestre, assim como no mesmo período de 2023.

> A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (292 mil) manteve-se, estatisticamente, estável para ambos os períodos analisados. A população fora da força de trabalho (3,7 milhões), da mesma forma, ficou estável estatisticamente.

> A população desalentada (266 mil) não variou significativamente ante o trimestre móvel anterior e recuou 14,2% (menos 44 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (6,4%) não teve variação significativa no trimestre e recuou 1,0 p.p. no ano.

> O número de empregados com
carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi a
906 mil, mantendo-se estável no trimestre e, também, em relação ao trimestre anterior.

> Já o número de empregados sem carteira no setor privado, estimados em 750 mil pessoas, não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao
trimestre anterior.

> O número de trabalhadores por conta própria (1,0 milhão de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (107 mil de pessoas). O número de trabalhadores domésticos (220 mil de pessoas) também apontou estabilidade estatística nos períodos comparativos.

> O número de empregados no setor público (539 mil) mostrou-se estável, estatisticamente, no trimestre anterior e no mesmo trimestre do
ano passado.

Fonte: Pnad - IBGE

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