Durante a apresentação no Ipece, foram destrinchados os comportamentos dos setores que compõem o PIB. Chama atenção o crescimento contínuo, de 9,93%, da indústria.
O setor já apresentava uma sequência de elevações desde o quarto trimestre de 2023, com 8,97%. No primeiro trimestre deste ano, o número chegou a 12,83%. No segundo trimestre do ano passado, a queda no segmento foi de 3%.
O resultado industrial de abril a junho foi acima do nacional (3,9%). De acordo com Witalo Lima, analista de políticas públicas do Ipece, o crescimento foi puxado, principalmente, pela indústria de transformação, classificada como "carro-chefe" do setor.
"Dentro deste segmento, eu destaco as embalagens de metal e itens para construção civil, que são fabricados pela indústria de transformação, e isso mostra como o setor está integrado e se beneficia do cenário virtuoso que nossa economia vive nesses últimos meses".
A agricultura, que apresentou a maior variação entre os setores, na análise do valor adicionado, chegou a um desempenho de 32,52% ante o 2º trimestre do ano anterior. No Brasil houve recuo de 2,9%.
Entretanto, foi frente a uma base de comparação muito baixa, pois havia caído 7,84% em igual época do ano passado. Recuou ainda no 3ºT2023 (-8,02%) e no 4ºT2023 (-4,74%). Subindo apenas 2,07% no começo de 2024.
Já o setor de serviços cearense subiu 4,48% no segundo trimestre, enquanto o nacional foi 3,5%. Destaque para o varejo (8,3%).