A região Nordeste tem o segundo maior nível de felicidade e engajamento no trabalho do País, com índice de 7,6, perdendo apenas para a região Norte, cujo índice é 7,9.
Entre as explicações para esses resultados apontados em pesquisa da Pluxee (antiga Sodexo). está a oferta de benefícios com maior efetividade que a observada em outras regiões.
"Por exemplo, 57% dos respondentes relacionam a manutenção no trabalho ao vale-alimentação", disse a diretora comercial da Pluxee, Lorena Moreira, em entrevista à rádio O POVO CBN.
"O valor percebido quando falamos de benefício está totalmente ligado à energia vital que não é despendida. Para o colaborador, é como se ele estivesse recebendo um benefício sem precisar trabalhar para isso. É diferente do salário, que é utilizado para pagar contas, e às vezes sobra algo", pontua.
"O benefício traz a sensação de que não estou trabalhando para recebê-lo; é como um bônus. Portanto, a sensação de felicidade atrelada ao benefício tem um grande valor percebido", ressalta.
Para se ter uma ideia desse impacto, a duração média dos vales refeição e alimentação na cidade de Fortaleza, por exemplo, é de dois dias acima da verificada nacionalmente. Enquanto no Brasil, esse total é de apenas 11 dias, na capital cearense esse período chega a 13 dias, a despeito da alta de 12,7% verificada em um ano, no preço médio das refeições, que é de R$ 42,38.
Tal valor médio é o quarto menor verificado no País, pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). Já o valor médio da cesta básica em Fortaleza é de R$ 615,92. De olho nesses índices de satisfação, as empresas do segmento miram se expandir para o mercado cearense e Nordeste.
Nesse sentido, Lorena Moreira afirma que a empresa está “olhando para o Nordeste com muito potencial. Inclusive, contratou uma regional que ficará baseado em Fortaleza porque é preciso entender a cultura e as necessidades da região. Há uma agenda para trabalhar com diversas indústrias e segmentos, visando construir juntos a melhor oferta de benefícios, saindo da lógica de commodities”.
“Nossas agendas estão pautadas em como levar essa discussão à mesa com empresários locais, construindo efetivamente satisfação, engajamento e felicidade, alinhados aos benefícios, à cultura da empresa e ao seu propósito”, acrescenta a executiva.
Ela citou outros benefícios para além dos relacionados à alimentação, que as empresas estão oferecendo aos seus colaboradores para aumentar essa percepção de felicidade e engajamento, bem como aumentar as taxas de retenção de talentos.
“Dentro desse universo, temos os benefícios de saúde, por exemplo. A empresa pode oferecer um crédito para que o colaborador gaste na farmácia ou dar uma premiação para que ele possa comprar o que quiser com aquele dinheiro”, exemplificou.
Idade
No parâmetro por faixa etária, pessoas com 51 a 60 anos são, em média, 17% mais felizes do que os mais jovens