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Novo hospital da Hapvida prevê 7,2 mil internações por ano em Fortaleza
Economia

Novo hospital da Hapvida prevê 7,2 mil internações por ano em Fortaleza

| MERCADO | Operadora de saúde perdeu 71,4 mil clientes em novembro, segundo ANS. Inauguração compõe plano de investimentos de R$ 2 bilhões
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HOSPITAL Santa Maria da Hapvida, 
no bairro de Fátima, em Fortaleza. (Foto: Divulgação/Hapvida/Falcão Júnior)
Foto: Divulgação/Hapvida/Falcão Júnior HOSPITAL Santa Maria da Hapvida, no bairro de Fátima, em Fortaleza.

Com área de 7,6 mil metros quadrados (m²) no bairro de Fátima, em Fortaleza, o novo hospital da Hapvida NotreDame Intermédica – denominado Hospital Santa Maria – deve atender 7,2 mil internações por ano, isto é, cerca de 600 por mês; além da parte clínica e de exames.

O empreendimento, lançado ontem, 6, na Rua Eusébio de Souza, nº 1560, não contará com atendimentos de urgência e emergência. O foco será em cirurgias e outros procedimentos eletivos, marcados com antecedência.

O investimento foi de R$ 50 milhões. São dez leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e cinco salas cirúrgicas, bem como 64 leitos de enfermaria e de apartamento. O local conta, ainda, com capacidade para expansão de até 82 leitos.

Hospital da Hapvida conta com 64 leitos de enfermaria, dez leitos de UTI e cinco salas cirúrgicas.(Foto: Firma Produções/Hapvida/Divulgação)
Foto: Firma Produções/Hapvida/Divulgação Hospital da Hapvida conta com 64 leitos de enfermaria, dez leitos de UTI e cinco salas cirúrgicas.

De acordo com o vice-presidente de operações da Hapvida, Francisco Souto, o empreendimento foi escolhido para ficar em uma área estratégica da Capital, a fim de permitir o atendimento ao maior número de pacientes e, também, por estar próximo a outras unidades da rede.

“A unidade contará com um moderno centro cirúrgico, serviço de diagnóstico por imagem e de análises clínicas, esse é o maior diferencial. Como não é uma unidade de urgência e emergência, vamos começar aos poucos, com um fluxo inicial reduzido”, pontuou.

“Para nós, é uma grande satisfação, pois, à medida que aumenta o número de clientes, estamos presentes com mais um equipamento de saúde em Fortaleza”, acrescentou. Apesar do cenário, a Hapvida perdeu 86 mil clientes no terceiro trimestre de 2024.

Um relatório do banco Citi indicou, ainda, uma perda de 71,4 mil clientes da Hapvida em novembro, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Isso ocorreu devido à integração da NotreDame Intermédica, conforme os analistas Leandro Bastos e Renan Prata.

“Nos perguntamos se a fraqueza das adições líquidas da NotreDame Intermédica pode estar de alguma forma relacionada à sua integração de sistema recentemente concluída”, pontuaram. Algo que os analistas do Bank of America (BofA) Flavio Yoshida, Gustavo Tiseo e Mirela Oliveira concordam.

"Embora acreditemos que parte dessa perda seja explicada pela integração dos sistemas iniciada em outubro de 2024, que pode ter gerado atrasos no reconhecimento da base de beneficiários, isso levanta preocupações sobre a consistência da melhora no crescimento orgânico", afirmam.

A Hapvida é uma empresa de capital aberto na bolsa de valores (B3).(Foto: Firma Produções/Hapvida/Divulgação)
Foto: Firma Produções/Hapvida/Divulgação A Hapvida é uma empresa de capital aberto na bolsa de valores (B3).

No fim do ano, a Hapvida divulgou um plano de investimentos de R$ 2 bilhões, em que serão inaugurados dez novos hospitais nos próximos dois anos no Brasil. O Santa Maria é a sétima unidade hospitalar da Hapvida no Estado, onde 1,3 milhão de pessoas são atendidas.

A rede conta com cinco pronto atendimentos, 22 clínicas médicas e 17 centros de diagnóstico por imagem e coleta ambulatorial no Ceará. Pelo País, são 87 hospitais, 77 pronto atendimentos, 341 clínicas médicas e 291 centros de diagnóstico por imagem.

O presidente da Hapvida, Jorge Pinheiro, afirmou que as áreas escolhidas para a implantação das unidades levaram em conta locais estratégicos para possibilitar o atendimento ao maior número de beneficiários.

Já o vice-presidente de finanças e relações com investidores, Luccas Adib, destacou a posição de caixa “muito robusta” da Hapvida para garantir os investimentos. “Acreditamos que a capacidade de fazer caixa para os próximos semestres seja suficiente para realizarmos todos esses investimentos e seguirmos com a jornada de desalavancagem contínua da companhia”.

Os próximos passos em termos de investimentos devem analisar as necessidades da carteira de clientes, na visão de Francisco. “Onde houver demanda, vamos expandir. Temos uma base ampla de clientes, e buscamos sempre melhorar o atendimento e promover a saúde”.

Além disso, o executivo destaca a estratégia de verticalização de serviços da Hapvida. “Nos permite integrar sistemas e criar um verdadeiro ecossistema de saúde, onde temos acesso ao prontuário eletrônico do paciente, independentemente da unidade em que ele seja atendido.”

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