O período do Carnaval também possibilita que as pessoas consigam gerar uma renda extra a partir de bicos ou vagas temporárias.
Neste ano, o presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Raimundo Ângelo, afirmou que apenas pelo IDT/Sine seriam ofertadas 750 vagas temporárias.
Essa situação é destacada pela economista Desirée Mota, que ainda ressalta que esses novos postos de trabalho podem até "gerar algo definitivo".
"Porque é nesse momento de entretenimento que as pessoas veem a oportunidade de negócio. Quem está fazendo isso, está vendo isso como uma oportunidade de negócio. Pode ser um "bico", pode ser economia informal, pode ser um pequeno negócio."
Um exemplo é o "Meu Bloco é Neon", que em épocas normais o número de colaboradores varia de 30 a 40, enquanto que nos dias de folia chega a mais de 50, conforme ressaltado pelo representante da produtora de eventos, Adriano Montenegro.
Entretanto, por mais que reforcem o cenário positivo, alguns empreendimentos não consideram que acrescentar pessoas à equipe seja necessário e/ou lucrativo. Segundo levantamento da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), feito entre os dias 10 e 18 de fevereiro, cerca de 69% dos estabelecimentos de alimentação fora do lar no Estado não pretendem contratar temporários para o Carnaval.
A decisão é tomada, segundo o presidente da associação no Ceará, Taiene Righetto, devido aos altos custos observados em diversos produtos ocasionados pela inflação, impulsionando o endividamento. Desta forma, o executivo explica que diversos estabelecimentos ainda estão buscando "equilibrar as contas mesmo com a perspectiva de maior movimento". (Maria Clara Moreira/Especial para O POVO)