O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) cortou 4,1 milhões de benefícios sociais por fraudes. Nesse bojo entravam pessoas de alta renda, mortos e CPF falso, conforme esclareceu o ministro da pasta, Wellington Dias.
A economia gerada neste ano com os cancelamentos é estimada por ele em R$ 7,7 bilhões, decorrentes também da soma de medidas para a superação da pobreza.
Inclusive, no dia 6 de março foi lançado o novo Cadastro Único (Cadúnico), que, segundo o gestor, é um "caso de sucesso" no Brasil.
"Nós temos 91 milhões de pessoas no cadastro social, que permite informações, que permite planejamento para trabalhar com cada família. Qual a família que tem baixa renda ou não tem renda. Aqui a gente coloca o atendimento no Bolsa Família, que são hoje 20 milhões de famílias, cerca de 53 milhões de pessoas quando o assumimos", enumerou.
Ele acrescentou que toda essa contagem e o sistema estavam "desmantelados". "Tivemos que reconstruir e, agora, inclusive, modernizando o cadastro com uma base de informação que nos dá mais segurança. Trabalhamos integrados com estados e municípios e, a partir do novo Cadastro Único, trabalhamos também uma revisão", detalhou.
Sobre as fraudes encontradas e o cancelamento de 4,1 milhões de benefícios, Wellington disse que isso resultou numa economia de R$ 34 bilhões. "Permitiu a gente atender pessoas que estavam passando fome e tinham direito. Veja que a gente chegou a 33,1 milhões de pessoas passando fome."
Deste montante, o ministro estima ter reduzido a fome de 28 milhões de pessoas, garantindo uma alimentação com o Bolsa Família e com alimentação escolar, com o programa de aquisição de alimentos.(Beatriz Cavalcante)