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Produção industrial do Ceará recua 1% em fevereiro
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Produção industrial do Ceará recua 1% em fevereiro

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O setor de metalurgia foi destaque no Estado na comparação com 2024 (Foto: YASUYOSHI CHIBA/ AFP)
Foto: YASUYOSHI CHIBA/ AFP O setor de metalurgia foi destaque no Estado na comparação com 2024

A indústria do Ceará registrou o segundo pior desempenho de produção no Brasil, com uma retração de 1% na passagem de janeiro para fevereiro. O índice ficou abaixo do nacional, que obteve variação de - 0,1%. Confira mais abaixo o ranking de fevereiro.

Os dados são da série com ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta terça-feira, 8 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, “de forma geral, há uma perda de intensidade na produção industrial, influenciada por uma política monetária contracionista, com aumento dos juros, visando combater a inflação”.

“Isso acaba estreitando mais as linhas de crédito, reduzindo os investimentos e fazendo com que as tomadas de decisão na produção sejam mais cautelosas. Pelo lado da demanda, esse cenário também impacta negativamente o consumo das famílias”, explica.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o Ceará também apresentou queda na produção. Entretanto, considerando o acumulado nos últimos 12 meses, foi observada uma alta de 5,4%, 2,8 pontos percentuais acima da registrada nacionalmente (2,6%).

Confira a produção industrial dos estados em fevereiro:

  • Pernambuco: 6,5%
  • Paraná: 2%
  • Pará: 1,6%
  • Espírito Santo: 1,1%
  • Amazonas: 0,9%
  • Nordeste: 0,5%
  • Rio Grande do Sul: 0,5%
  • Goiás: 0,2%
  • Minas Gerais: - 0,2%
  • Rio de Janeiro: - 0,3%
  • Mato Grosso: - 0,6%
  • Santa Catarina: - 0,6%
  • São Paulo: - 0,8%
  • Ceará: - 1%
  • Bahia: - 2,6%

Setores que mais se destacaram no Ceará

Dos 11 segmentos industriais cearenses incluídos na PIM, em cinco a produção caiu na comparação com fevereiro de 2024. A queda mais expressiva foi observada no setor de refino e biocombustíveis (- 2,54%), vestuário (- 2,23%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,82%).

Já os destaques positivos ficaram com metalurgia (2,02%), alimentos (1,73%) e produtos químicos (1,68%). Confira a lista completa:

  • Metalurgia: 2,02%
  • Alimentos: 1,73%
  • Produtos químicos: 1,68%
  • Têxtil: 0,94%
  • Produtos de couro e calçados: 0,49%
  • Minerais não-metálicos: 0,2%
  • Produtos de metal: - 0,13%
  • Bebidas: - 0,58%
  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: -1,82%
  • Vestuário: - 2,23%
  • Refino e biocombustíveis: - 2,54%

Cenário nacional

Sete dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional recuaram na passagem de janeiro para fevereiro, quando a produção industrial do país variou -0,1%.

As maiores quedas foram registradas na Bahia (-2,6%), Ceará (-1,0%) e São Paulo (-0,8%), enquanto Pernambuco (6,5%) assinalou o avanço mais intenso.

Bernardo Almeida explica que em fevereiro “a indústria nacional atingiu o seu quinto mês consecutivo sem crescimento, com perda de 1,3% desde outubro de 2024”. A última vez que isso aconteceu, conforme o analista, foi em 2015.

A produção industrial do país cresceu 1,5% na comparação com fevereiro do ano passado, com resultados positivos em cinco dos 18 locais analisados pela PIM Regional. Santa Catarina (6,0%), Paraná (5,5%) e Pará (5,1%) assinalaram os avanços mais acentuados nessa comparação.

Por outro lado, os recuos de dois dígitos e mais elevados foram observados no Rio Grande do Norte (-24,5%), em Pernambuco (-21,3%) e no Espírito Santo (-11,6%).

Entrevista com o governador do Ceará, Elmano de Freitas | O POVO News

 

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