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Grande Fortaleza registra a 3ª menor inflação do Brasil no trimestre; confira
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Grande Fortaleza registra a 3ª menor inflação do Brasil no trimestre; confira

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 11 de abril
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Manga, tomate e cebola foram os itens que mais aumentaram de preço no trimestre (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Manga, tomate e cebola foram os itens que mais aumentaram de preço no trimestre

Com uma alta de 1,47%, a inflação de Fortaleza e da Região Metropolitana (RM) fechou o primeiro trimestre do ano como a terceira menor do Brasil.

A taxa da região foi maior apenas que as registradas em Rio Branco (0,99%) e Goiânia (1,44%), e foi 0,57 ponto percentual (p.p.) menor que a nacional (2,04%). O resultado é medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Confira o IPCA do trimestre das 16 localidades incluídas no estudo:

  • Aracaju: 2,66%
  • Vitória: 2,41%
  • Curitiba: 2,24%
  • Brasília: 2,23%
  • Salvador: 2,18%
  • Belo Horizonte: 2,16%
  • Belém: 2,1%
  • Campo Grande: 2,08%
  • São Paulo: 2,05%
  • Porto Alegre: 2,03%
  • Rio de Janeiro: 2,01%
  • Recife: 1,89%
  • São Luís: 1,88%
  • Fortaleza: 1,47%
  • Goiânia: 1,44%
  • Rio Branco: 0,99%

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 11 de abril, e se referem às famílias com rendimentos de um a quarenta salários mínimos, independentemente da fonte.

No ano, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois apresentaram reduções em suas taxas: vestuário (-0,98%) e comunicação (-0,66%).

Com destaque para a redução nos valores de itens do vestuário feminino (-3,91%), camisas infantis (-3,33%) e aparelhos eletrônicos (-3,15%).

Por outro lado, as altas ocorreram em:

  • Educação: 5,26%
  • Alimentação e bebidas: 3,08%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,59%
  • Despesas pessoais: 1,51%
  • Artigos de residência: 1,15%
  • Transportes: 0,2%
  • Habitação: 0,15%

Em educação e alimentação e bebidas, que lideraram as altas do período, as maiores inflações foram observadas nos valores da manga (71,37%), do tomate (50,53%), da pré-escola (9,41%) e do curso de idiomas (8,03%).

Confira os produtos que ficaram mais caros na Grande Fortaleza no ano:

  • Manga: 71,37%
  • Tomate: 50,53%
  • Cebola: 49,2%
  • Cenoura: 42,23%
  • Café moído: 30,21%

Confira os produtos que ficaram mais baratos na Grande Fortaleza no ano:

  • Batata-inglesa: -21,57%
  • Passagem aérea: -16,04%
  • Goiaba: -10,07%
  • Maracujá: -9,26%
  • Peixe-palombeta: -7,5%

Outros dados apresentados pela pesquisa são os da passagem de fevereiro para março. Conforme o exposto, o resultado da Capital e da RM se destacou como quarto menor do País, com 0,32%. O índice foi abaixo do nacional (0,56%), com uma diferença de 0,24 p.p.

No período, seis dos nove grupos analisados registraram aumentos em suas taxas, com destaque para o de alimentação e bebidas (1,09%). Que foi impactado no mês, principalmente, pela inflação na manga, com 36,57%, e do café moído, com 10,37%.

Vale lembrar que o preço do café está passando por aumentos em todo o território brasileiro e que, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), essa tendência deve persistir até maio.

Os outros avanços variaram entre 0,72% em despesas pessoais e 0,03% em educação. Já as deflações ocorrem em: habitação (-0,74%), comunicação (0,5%) e vestuário (-0,08).

Confira os produtos que ficaram mais caros na Grande Fortaleza em março:

  • Manga: 36,57%
  • Café moído: 10,37%
  • Mamão: 8,6%
  • Cinema, teatro e concertos: 7,89%
  • Banana-prata: 6,96%

Confira os produtos que ficaram mais baratos na Grande Fortaleza em março:

  • Goiaba: -10,64%
  • Peixe-salmão: -8,65%
  • Acém: -4,46%
  • Cenoura: -4,17%
  • Laranja-pera: -3,82%

Índice Nacional de Preços ao Consumidor da Grande Fortaleza

O cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se refere a famílias que recebem de um a cinco salários mínimos.

Em Fortaleza e na RMF, o INPC, em março, foi de 0,41%. O resultado foi levemente menor do que o registrado nacionalmente (0,51%).

A inflação no período foi puxada, principalmente, pelos alimentos e bebidas (1,25%), despesas pessoais (1,01%) e saúde e cuidados pessoais (0,9%). Ocorreram apenas três deflações no mês: habitação (-0,79%), comunicação (-0,49%) e vestuário (-0,18%).

Os produtos que mais registraram acréscimos nos preços foram:

  • Melancia: 14,07%
  • Café moído: 10,37%
  • Cinema, teatro e concertos: 7,89%
  • Banana-prata: 6,96%
  • Ovo de galinha: 6,63%

Por outro lado, as maiores baixas ocorreram nos valores da goiaba (-10,64%), do acém (-4,46%) e da laranja-pera (-3,82%).

Já se considerado o acumulado do ano, ou seja, o primeiro trimestre, a taxa foi de 1,61%.

Cenário nacional

O IPCA de março foi de 0,56%, ficando 0,75 p.p. abaixo da taxa de fevereiro (1,31%). Esse foi o maior índice para um mês de março desde 2023 (0,71%).

No ano, a alta acumulada foi de 2,04% e, nos últimos doze meses, a taxa ficou em 5,48%, acima dos 5,06% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva na passagem de fevereiro para março, ficando entre 0,1% do grupo Educação e o 1,17% do grupo Alimentação e bebidas.

O grupo Alimentação e bebidas acelerou de 0,7% em fevereiro para 1,17% em março, com a alimentação no domicílio registrando 1,31%. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%).

Para o tomate, o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, explica que “com o calor dos meses de verão, houve uma aceleração na maturação, levando a antecipação da colheita em algumas praças”

“Sem essas áreas de colheita em março, houve uma redução na oferta, trazendo pressão de alta sobre os preços. Para os ovos, houve aumento por conta do custo do milho, base da ração das aves, além de estarmos no período de quaresma, com maior demanda por essa proteína”, destaca.

Já o preço do café moído, que acumula uma alta de 77,78% nos últimos 12 meses, é impulsionado pela “redução de oferta do grão em escala mundial”.

A alimentação fora do domicílio (0,77%) também acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,47%), com os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) mostrando variações superiores às observadas no mês anterior (0,29% e 0,47%, respectivamente).

Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,76%) ocorreu em Curitiba e Porto Alegre por conta da alta da gasolina (1,84% e 2,43%, respectivamente). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,27%) em razão da queda nas passagens aéreas (16,01%).

Outro dado apresentado na pesquisa do IBGE é o INPC, que como citado mais acima se refere às famílias cujo rendimentos são de até cinco salários mínimos

O índice no País teve alta de 0,51% em março. No ano, o acumulado é de 2% e, nos últimos 12 meses, de 5,2%, acima dos 4,87% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a taxa foi de 0,19%.

Os produtos alimentícios aceleraram de fevereiro (0,75%) para março (1,08%). A variação dos não alimentícios passou de 1,72% em fevereiro para 0,32% em março.

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