O setor turístico do Ceará estima fechar os meses de abril e maio com fluxo maior de visitantes, por via aérea, que durante todo o 1º trimestre deste ano, quando 910 mil turistas chegaram ao Estado utilizando esse modal, sendo 117 mil turistas internacionais.
Durante encontro entre o secretário do Turismo do Ceará, Eduardo Bismarck, e o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante, entre outros representantes dos segmentos turístico e varejista, foi apresentada a estimativa de que o Estado deve receber até 931 mil turistas, na soma dos meses de abril e maio, com respectivamente 457 mil e 474 mil visitantes.
Se confirmado, em apenas dois meses o Estado já teria superado a marca de todo o período do verão, em meses considerados de baixa estação como abril e maio. Feriados e aumento no número de voos que devem passar de 3.100 em abril para 3.200 em maio ajudam a explicar as projeções animadoras para o período.
"Eu fiz questão de trazer esses dados, mesmo sendo estimativas, porque abril e maio são nossos piores meses para o turismo. Não só nossos, mas no Brasil inteiro, e no hemisfério sul como um todo — abril e maio não são períodos em que as pessoas costumam viajar muito. O 2º semestre é mais aquecido. Mas esses números já são recordes e devem ser comemorados. Teremos o melhor abril e o melhor maio depois de muitos anos", projetou o secretário do Turismo.
Ele também destacou o impacto econômico deixado pelos turistas que visitaram o Ceará entre janeiro e março deste ano. "A gente tem um cálculo de que o gasto médio por turista, nacional e internacional, é de R$ 3.840. Claro que o turista internacional deixa um gasto médio por dia muito maior. Já a receita gerada neste 1º trimestre foi de R$ 3,5 bilhões — ou seja, dinheiro que não era do Ceará e que veio para cá por conta desses 910 mil turistas", enfatizou o secretário.
Bismarck lembrou que a taxa média de ocupação hoteleira em Fortaleza no 1º trimestre, mais especificamente falando, foi de 76,4%, configurando-se como a terceira maior entre as capitais brasileiras. "Perdemos apenas para o Rio de Janeiro e Florianópolis…E Florianópolis também cresceu muito em função do aeroporto de Porto Alegre, que está em obras. O aeroporto de Florianópolis é muito próximo, então houve um desvio de voos para lá", explicou.
"Porto Alegre diminuiu 15%, enquanto Florianópolis cresceu 20% nesse período, por conta das obras da pista, ainda por causa das enchentes do ano passado. Eu até estive em Porto Alegre, conversei com o pessoal da Fraport, e vi as obras pessoalmente no início do ano. A Fraport tem sido uma grande parceira nessas buscas por novos rumos", complementou Bismarck, fazendo referência a concessionária que administra o aeroporto de Fortaleza.
Ainda falando sobre a malha aérea, o secretário do Turismo destacou que o governo estadual "quer crescer ainda mais os voos domésticos e internacionais. O trabalho de contato com as companhias aéreas tem sido constante".
"Estamos fazendo uma alteração da malha, olhando para aquilo que pode atrair mais turistas, ao invés de focar apenas em onde há emissão de turistas", concluiu Bismarck. (Colaborou Fabiana Melo)