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Ceará tem maior crescimento da atividade econômica do Nordeste em 12 meses
Economia

Ceará tem maior crescimento da atividade econômica do Nordeste em 12 meses

| ATÉ FEVEREIRO | Expansão da economia cearense entre março de 2024 e fevereiro de 2025 foi de 5,1%, superior às médias no Nordeste e do Brasil, no período analisado pela FGV Social
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DESEMPENHO foi muito puxado pela indústria que avançou 5,4% em 12 meses (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES DESEMPENHO foi muito puxado pela indústria que avançou 5,4% em 12 meses

A atividade econômica do Ceará foi a que registrou maior crescimento entre os Estados do Nordeste no período entre março de 2024 e fevereiro de 2025, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Social. O resultado também foi maior que as médias regional e nacional, ambas marcando 3,8% nos 12 meses analisados.

Quando considerado apenas o mês de fevereiro deste ano, o Estado também teve crescimento acima da média do Nordeste, embora tenha ficado abaixo da média nacional.

Naquele mês, a economia cearense avançou 3,6%, ante 2,6% da média nordestina. Por outro lado, a atividade econômica brasileira teve expansão de 4,1%.

Já na comparação do chamado trimestre móvel iniciado em dezembro do ano passado e encerrado em fevereiro de 2025, o comportamento se inverte, com o Ceará apresentando índices de crescimento inferiores aos da região e do País. Nesse recorte, o Estado avançou 2,8%, ante 3,3% da média regional e 3,4% da média nacional.

O desempenho bom da atividade econômica estadual, no acumulado dos 12 meses encerrados em fevereiro, foi muito puxado pelo crescimento da atividade setorial da indústria. No período, esse segmento cresceu 5,4% no Ceará, mais que o dobro da média brasileira, que foi de 2,6%, e mais que o triplo da média nordestina, que foi de 1,5%. O resultado poderia ter sido ainda mais expressivo, caso a atividade industrial cearense não tivesse uma retração de 1% em fevereiro.

Para a coordenadora geral e técnica do Boletim Macro Regional da FGV Social, Isadora Osterno, “esse resultado do Ceará, especificamente, em relação à comparação interanual e também em relação a essas variações com ajuste sazonal, reflete uma resiliência maior, digamos assim, da economia cearense. Quando você pega os últimos 12 meses, vê esse número bem maior do que a média nordestina e bem maior do que quando se compara com Bahia e Pernambuco”.

“O que de fato a gente pode afirmar é o seguinte: o Ceará vem muito bem. E eu coloco parte disso na conta dos 12 meses, no papel da indústria. E, nesses meses iniciais do ano, eu falaria do setor de serviços”, pontua Isadora. “Isso mostra duas coisas: que a demanda interna continua aquecida no Ceará. No caso, o setor de serviços continua muito dinâmico pela demanda interna forte e também em consequência do mercado de trabalho e do aumento de renda”, exemplifica.

“Dentro do setor terciário, tem também o papel do comércio. Quando você vai olhar os números do comércio para o Ceará, são dados muito bons, tanto no comércio varejista quanto no comércio varejista ampliado. Para você ver, alguns setores ali — que no caso seriam mais o atacado — o Ceará se destaca bastante. Se você olhar a variação mensal de fevereiro, foi a maior do Nordeste entre os estados pesquisados”, prossegue a pesquisadora.

Para o restante do ano, Isadora destaca que “apesar de uma política monetária contracionista, apesar da Selic alta, a indústria está conseguindo ainda se manter. Então, talvez, com o término do ciclo de aperto monetário pelo Banco Central, fosse ainda melhor para a indústria. Porque o crédito fica mais barato, o custo do capital fica mais baixo e as empresas podem investir mais. Então, a gente tende a esperar que a indústria melhore”.

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