A Alvoar Lácteos vai ampliar a produção de queijo em Morada Nova, a 168 km de Fortaleza, além de começar a produzir o derivado do leite em Sergipe e Minas Gerais. A empresa é a 5ª maior produtora de laticínios do País, com faturamento anual estimado em R$ 5,2 bilhões.
O investimento projetado para 2026 nesse mercado é de R$ 150 milhões. “Isso (a ampliação da produção) deve quase que triplicar a produção de queijo que, hoje, é menos de 5% do volume de leite que recebemos”, estimou o CEO da Alvoar, Bruno Girão, em entrevista ao O POVO.
Conforme o executivo o foco será na produção dos tipos muçarela, prato e parmesão. “A gente é uma empresa que tem uma participação relevante do nosso faturamento em leite em pó, iogurte, leite condensado e leite longa vida. E, dos grandes negócios do leite, a gente é muito pouco relevante em queijo”, pontuou.
“Todo o nosso plano estratégico, primeiro, é para conseguir manter as participações mercadológicas que a gente já tem nesses produtos — e agora, o próximo passo, sem dúvida, é o queijo. Morada Nova é uma planta que já produz queijo. Acho que em torno de uns 15% a 20% do que ela recebe de leite vai para queijos e requeijão”, explica Girão.
“A gente está recebendo hoje, para queijo, em torno de 150 mil litros por dia, num volume de 750 mil. Então, é quase 20% aí (em Morada Nova) que vai para a produção de queijo. Mas, quando você olha a Alvoar como um todo, que processa 3 milhões de litros de leite, é irrelevante”, observa.
Ele prossegue acrescentando que o foco da fábrica de Sergipe deve ser a produção de queijo parmesão, mas que, pensando nacionalmente, deve focar também em queijo prato e muçarela, além de manter a produção do Queijo Minas Padrão, na unidade mineira.
Ao todo, a Alvoar tem 7 fábricas espalhadas por cinco estados, além de 21 centros de distribuição, contando com cerca de 4,5 mil colaboradores.
No caso da produção cearense, além do queijo muçarela, Bruno Girão destaca a produção de queijo coalho, um dos tipos mais procurados no Estado.
“Cerca de 50% do que o cearense consome é coalho. E, vamos lembrar: o queijo coalho do Ceará é muito diferente do de Pernambuco, que é um pouco diferente do da Bahia,. Eles têm teores de umidade e formatos diferentes. Já em São Paulo a gente só tem queijo coalho em palitinho”, exemplifica o CEO da Alvoar Lácteos.
*Com informações de Armando de Oliveira Lima, que viajou para Morada Nova a convite da Alvoar Lácteos*