O Ceará contratou mais que demitiu em abril, alcançando saldo positivo de 9.221 postos de trabalho com carteira assinada. O número é o maior do ano e o melhor em sete meses, pois em setembro de 2024 o Estado alcançou 9.680 vagas geradas.
O resultado vem de 56.152 admissões e 46.931 desligamentos, no período, e após uma perda de 2.462 empregos formais em março.
Além disso, foi o oitavo melhor saldo do País e o segundo do Nordeste, vindo em seguida apenas da Bahia (14.353 postos criados).
Serviços (4.095), construção (2.472), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (1.465) e indústria geral (1.340) foram os setores que puxaram essa evolução, apresentando saldos positivos.
Veja ao fim da matéria a lista de municípios cearenses que mais contratam e que mais demitem
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi a única área que demitiu mais que contratou, com perda de 151 postos formais.
Os homens tiveram saldo de 6.031 no período analisado, enquanto o das mulheres foi de 3.190.
No ano, o Estado fica no positivo em 12.829 postos gerados, resultantes de 219.580 admissões e 206.751 desligamentos. Neste período, o Ceará figurou em 14º do País e segundo da Região, também atrás da Bahia (14.353)
O resultado foi comemorado pelo governador Elmano de Freitas (PT). "Isso é resultado de muito trabalho para atrair investimentos, fortalecer empresas e impulsionar os negócios locais. Seguiremos firmes para gerar ainda mais oportunidades para o nosso povo."
De janeiro a abril, o mercado de trabalho cearense registra estoque de 1.422.069 pessoas, evidenciando a quantidade total de cidadãos disponíveis para trabalhar.
Os dados fazem parte do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes ao mês de abril, e foram divulgados nesta quarta-feira, 28 de maio, em coletiva à imprensa pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Em 12 meses, de maio de 2024 a abril de 2025, o Estado criou 51.820 empregos formais. Isso significa a 10ª melhor geração do Brasil e a terceira do Nordeste, ficando à frente a Bahia (95.037) e Pernambuco (64.402).
Sobre a taxa de rotatividade no mercado de trabalho, o Ceará, com 30%, fica em 22º lugar do Brasil, entre os menores percentuais ante as 27 unidades da Federação, e quinto da Região, ante os nove estados nordestinos. A maior fica com Mato Grosso (38,99%).
Dentre todas as mais de 5.500 localidades brasileiras analisadas, Fortaleza teve a sexta melhor geração de empregos do País em abril e a segunda do Nordeste. O saldo ficou em 5.044 no mês, atrás de Recife (5.202).
Todos os setores tiveram saldo positivo, com serviços (2.461) e construção (1.334) liderando, e vindo em seguida indústria (622), comércio (614) e agropecuária (13).
“A nossa capital está à frente de 13 estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esses números refletem os esforços da gestão municipal em promover a geração de emprego e renda para a população”, destaca Antonio José Mota, secretário municipal do Desenvolvimento Econômico.
No acumulado do ano, de janeiro a abril, a capital cearense registrou a geração de 8.032 empregos, figurando em 12º lugar nacional e terceiro regionalmente, sendo superada por Salvador (17.919) e Recife (11.048).
Já nos últimos 12 meses Salvador, Fortaleza e Recife vêm um atrás do outro, no resultado de 26.856,
23.909 e 22.585 vagas criadas no período, respectivamente.
Brasil tem 257,5 mil novos postos de trabalho
O Brasil fechou o mês de abril com saldo positivo de 257.528 empregos com carteira assinada. O balanço é do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo a pasta, no acumulado do ano, o país gerou 922 mil novas vagas.
O resultado representa o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020. O saldo foi positivo nas 27 Unidades da Federação e nos quatro setores avaliados.
O resultado de abril decorreu de 2.282.187 admissões e de 2.024.659 desligamentos no período. Nos últimos 12 meses (de maio de 2024 a abril de 2025), o saldo positivo é de 1.641.330 novas vagas formais.
Em relação ao estoque, a quantidade total de vínculos celetistas ativos, o país registrou, em abril, um saldo de 48.124.423 vínculos, o que representa uma variação de 0,54% em relação ao estoque do mês anterior.
Questionado sobre o número surpreendente de abril, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que os dados representam um esforço do governo para manter a economia funcionando. Ele voltou a criticar os aumentos na taxa de juros básica do país, a Selic, que está atualmente em 14.75%.
"Os juros estão excessivamente elevados e a gente sempre registra isso. O empresariado reclamando dos juros e a gente sempre alerta para a bússola do Banco Central ser melhor calibrada do ponto de vista de pensar o futuro. O que está acontecendo é a projeção de um crescimento um pouco menor do que foi o ano passado", disse.
O maior crescimento do emprego formal no mês passado ocorreu no setor de serviços (136.109). Em seguida veio o comércio (48.040); indústria (35.068);construção (34.295 postos); e agropecuária (4.025). (Agência Brasil)
Panorama de empregos
Saldo de empregos no Ceará em 2025
Janeiro: -430
Fevereiro: 6.500
Março: -2.462
Abril: 9.221
Desempenho por setor:
Agropecuária: - 151
Indústria: 1.340
Construção: 2.472
Comércio: 1.465
Serviços: 4.095
Veja os 10 municípios cearenses que mais geraram empregos
em 2025
Fortaleza (8.032)
Horizonte (1.400)
Juazeiro do Norte (489)
Maracanaú (446)
Quixeramobim (424)
Pacatuba (333)
Itaitinga (296)
Aquiraz (294)
Tianguá (258)
Barbalha (208)
Veja os 10 municípios cearenses que mais perderam empregos em 2025
Sobral (-558)
Icapuí (-325)
Santa Quitéria (-290)
Limoeiro do Norte (-285)
Mauriti (-206)
Russas (-190)
Brejo Santo (-185)
Camocim (-156)
Fortim (-142)
Eusébio (-99)