O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que discutiu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre um crescimento "de forma espaçada" do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e também defendeu debate sobre os gastos públicos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
As declarações ocorreram ontem durante debate promovido pelos jornais Valor Econômico, O Globo e a rádio CBN com o tema "Agenda Brasil, o cenário fiscal brasileiro". "Nós tratamos ontem (domingo) sobre esses dois temas (Fundeb e BPC), falando sobre a despesa primária. Inclusive o governo apresentou, o próprio ministro da Fazenda, o que representou o crescimento do Fundeb ao longo dos últimos anos", comentou o parlamentar. "Hoje o Fundeb está indo, se nada for feito, para algo em torno de R$ 70 bilhões."
Ele afirmou que o Congresso deve analisar, em sua próxima sessão conjunta, o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trechos do pacote fiscal que tratam sobre o BPC. "Nós estamos encaminhando para que esse benefício seja maior do que o Bolsa Família em dois ou três anos", disse.
"Estamos defendendo que o Congresso possa fazer esse debate, mas que o governo também venha a colocar a sua cara nesse enfrentamento, porque o governo é o mais impactado com o crescimento do BPC. E ninguém está aqui dizendo que é contra o BPC, mas só somos a favor de que o benefício seja concedido a quem tem realmente o direito, e não com fraude." (Agência Estado)